"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

terça-feira, 15 de novembro de 2011

EMPA alerta para os perigos da reciclagem informal de eletrônicos

Homem queima placa a céu aberto para remover metais 
Já publiquei algumas postagens aqui no blog a respeito da reciclagem informal de eletroeletrônicos nos países em desenvolvimento (China, Índia e África), os quais são os principais destinos para os eletroeletrônicos descartados nos EUA e União Européia.
Devido à falta de legislações mais restritivas destes países, eles acabam se tornando uma espécie de "lixão" dos países desenvolvidos. Esta prática está contribuindo para a contaminação destes países e também da população, tendo em vista que eles trabalham a céu aberto, ou em suas próprias casas sem estrutura, equipamentos de proteção ou instrução, o que é altamente perigoso.
Há dois casos bastante graves na China, o da cidade de Guiyu, sobre a qual postei há algum tempo atrás aqui no blog (CLIQUE AQUI PARA LER) e também o caso da cidade Victoria Harbour também na China, que é conhecida como Electronic Wasteland (CLIQUE AQUI PARA LER). Estas cidades têm algo muito negativo em comum, muita poluição e resíduos tóxicos em todos os lugares.
Tudo isso é resultado da obsolescência planejada (Entenda o que é esta prática CLIQUE AQUI), prática das empresas de eletroeletrônicos, que impele os consumidores a descartar estes bens, pois os mesmos deixam de funcionar em um tempo determinado por estas empresas, fazendo com que sua vida útil seja menor, os consumidores consomem mais e por sua vez, geram mais resíduos.  Então semana passada tive acesso a esta matéria (abaixo) que trata também deste tema e alerta para os perigos da reciclagem informal de eletrônicos. Vale a pena ler!
**O Empa (Laboratório Federal para Ciência e Tecnologia de Materiais da Suíça) registrou os principais centros de reciclagem informal de lixo eletrônico em 11 países do mundo, em um esforço para chamar a atenção sobre os perigos da contaminação causados pelo processo.
O chefe do departamento científico da instituição, Mathias Schluep, disse à BBC Brasil que os países do oeste da África são os principais receptores de eletroeletrônicos europeus e norte-americanos de segunda mão, parte dos quais se transforma rapidamente em lixo.
O transporte do lixo eletrônico, proibido internacionalmente, é feito de maneira clandestina para países africanos e asiáticos misturado a carregamentos de eletrônicos de segunda mão importados de países desenvolvidos.
"Os equipamentos usados são revendidos na África e na Ásia a preços muito baixos. No entanto, cerca de 30% deles chegam quebrados. Metade deste total é conserta e revendida e a outra metade é descartada imediatamente", disse Schluep.
Em Gana, um dos principais receptores de eletrônicos europeus de segunda mão na África, testes feitos em uma escola próxima a um centro de reciclagem informal mostraram níveis de chumbo, cádmio e outros poluentes cerca de 50 vezes acima dos níveis considerados seguros.
Na China e na Índia, os maiores países receptores e recicladores de lixo eletrônico na Ásia, trabalhadores realizam --manualmente e sem proteção-- a separação de metais de placas de circuito, que liberam resíduos tóxicos no solo e nos rios.
A instituição suíça oferece treinamento e apoio a recicladores em diversos países, em parceria com governos, agências da ONU e empresas de eletrônicos, como a Microsoft, a Nokia e a Hewlett Packard.
De acordo com Schluep, a reciclagem e a extração de materiais de televisores, celulares e computadores quebrados é vista como oportunidade para milhares de comunidades mais pobres, em meio a alertas sobre a possível escassez de metais essenciais para a construção de equipamentos eletrônicos.
O Empa estima que, em 100 mil celulares, há cerca de 2,4 kg de ouro, mais de 900 kg de cobre e 25 kg de prata, que valeriam mais de US$ 250 mil (R$ 430 mil) se fossem completamente recuperados.**

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Por: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade
**Fonte: Folha.com

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