"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Exemplos como o de Barcelona e Curitiba podem auxiliar municípios brasileiros a implementar a coleta seletiva

Não passam caminhões de lixo no bairro de Lesseps, em Barcelona. Longe de isso ser um problema, trata-se de uma baita solução. Cerca de 30% da capital catalã conta com a chamada coleta pneumática. Nesse moderno sistema, os moradores depositam os sacos de lixo em escotilhas e o material é transportado por uma tubulação subterrânea até uma central de coleta. A 5 metros da superfície, os detritos de casas, escritórios e hospitais são sugados ao longo de 113 quilômetros de tubos, numa velocidade de 70 quilômetros por hora.
Ao chegar à periferia da cidade, o lixo é armazenado em contêineres e levado a uma usina de triagem, ainda mais distante do centro. Latas, papéis e plásticos são reciclados. Enquanto isso, o produto orgânico é transformado em combustível para mover turbinas que produzem eletricidade. Outras vantagens desse modelo são ruas mais limpas, cheirosas e silenciosas. A coleta pneumática funciona em Barcelona desde os Jogos Olímpicos de 1992. Foi criada para servir a Vila Olímpica e hoje atende 324 000 moradores.
No Brasil, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostra que a Região Sul é a que melhor trata a questão da limpeza urbana. Ali, segundo o documento, só 28% do lixo não tem destino adequado - o menor índice do Brasil. Em Curitiba, a coleta seletiva serve de exemplo para São Paulo: atinge 100% dos moradores. Cabe à população separar o resíduo seco do orgânico. Limpo, o lixo coletado pode ser vendido por um preço mais alto às indústrias de reciclagem. "Nosso segredo está na conscientização das pessoas", afirma José Antônio Andreguetto, secretário municipal do Meio Ambiente. Além disso, em noventa pontos espalhados pela periferia da capital paranaense, 4 quilos de material reciclável são trocados por 1 quilo de alimento. Com essas ações, a coleta cresceu 192% nos últimos cinco anos. Estima-se que 23% do total de resíduos seja reciclado.
Veja em detalhes como funciona a coleta seletiva em Barcelona: CLIQUE AQUI

Fonte: Mariana Barros e Manuela Nogueira - Revista Veja São Paulo – 19/01/2011
Disponível em: Planeta Sustentável

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