Foto: Omar Paixão - Revista Época Negócios |
A HP está criando tecnologias para devolver ao resíduo suas propriedades originais. A reciclagem entrou na rotina das empresas. Mas a maioria cumpre um processo básico – envia seus restos plásticos para que empresas recicladoras os processem e revendam, em geral para fabricantes de baldes ou outros artigos de baixa tecnologia. Há, porém, um limite. De quantos baldes uma sociedade pode precisar? Por isso é necessário dar o próximo passo: reutilizar o plástico para fazer seu próprio produto. Não é simples. Após alguns anos de uso, o plástico perde suas propriedades originais. Recuperá-las exige um processo químico complexo, chamado de readitivação. É o que a HP vem fazendo.
A readitivação do plástico é difícil porque cada plástico tem uma fórmula diferente. Descobri-la demanda pesquisa. Na HP, quem comanda os vários projetos nessa linha é Kami Saidi, diretor de sustentabilidade da empresa. Sua equipe já descobriu como recuperar uma parte dos plásticos das impressoras e cartuchos da marca, e treinou duas recicladoras para fazê-lo. Os materiais entram na composição das primeiras impressoras da empresa com 50% de plástico reciclado, as Deskjet 2050 e 3050, lançadas em 2011.
As etiquetas com chip ou “tags” são coladas em impressoras e cartuchos e guardam dados dos materiais usados. A HP estuda usá-las em 50% das peças das impressoras. A política de recuperação de resíduos está mudando a maneira como a HP organiza sua produção. Um exemplo é a etiqueta eletrônica. Feita para controlar a produção e facilitar o atendimento ao cliente – ela torna possível identificar rapidamente a impressora ou o cartucho que requer assistência –, passou a ser usada também para gerenciar os resíduos. As três unidades de reciclagem da HP ganharam sensores com a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), das etiquetas eletrônicas, para identificar os tipos de impressoras e cartuchos devolvidos pelo consumidor. O processo, apelidado de projeto e-waste, permite contar quantos produtos estão sendo devolvidos e, a partir daí, saber quanto material estará disponível. A meta é aumentar em 10% por ano a quantidade de plástico reciclado em seus produtos.
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Para cumprir essa meta, a HP duplicou os investimentos em reciclagem em 2011. O número de pesquisadores na área também dobrou, para 50. Para este ano, Saidi diz que os recursos vão crescer mais 50% (a HP não divulga valores). A ambição é dominar as técnicas de readitivação de todas as peças plásticas das impressoras, além de reduzir o envio de cartuchos velhos para a fábrica de cartuchos da HP no Canadá. Até o final de 2012, a HP Brasil passará a utilizar o material em outros produtos.
Saidi cita três motivos para a nova política de resíduos da HP. O primeiro é se adequar à política nacional de resíduos sólidos, que obriga as empresas a cuidar de seus resíduos a partir de 2014. O segundo motivo é tornar a produção mais eficiente, transformando restos em matérias-primas. O terceiro é diferenciar-se da concorrência. “Na loja, entre dezenas de produtos com preço parecido, muitos consumidores já optam pelo de menor impacto ambiental”, diz Valéria Rossetti, gerente de sustentabilidade da HP.
Em 2008, a HP substituiu o calço de isopor para impressoras por outro de polpa de celulose feita com papel usado nos testes das impressoras na fábrica.
Fonte: Época Negócios
A Fabricante HP com seu portifólio de produtos com Notebooks, Servidores, entre outros promove Logística Reversa com estes também, ou apenas com cartuchos de impressão?
ResponderExcluirgostaria de saber o autor do artigo, é essa patricia guarniere mesmo ?
ResponderExcluirPrezado Filippo,
ResponderExcluirConforme informei logo ao final do artigo, a fonte do artigo é da Revista Época, e não minha (eu sou a responsável pelo blog). Se você clicar sobre as palavras "Revista Época", será direcionada para a página do artigo, onde consta o jornalista responsável pelo artigo.
Att, Patricia Guarnieri
Olá Junior,
ResponderExcluirEles também realizam a logística reversa de cartuchos.
att, Patricia Guarnieri
Patrícia Guarnieri, na sua opinião, como incluir o consumidor final na logística reversa de produtos pós-consumo, já que a maioria das empresas não possuem esta ferramenta e muitos consumidores não a conhecem?
ResponderExcluirBom dia,
ResponderExcluirNa minha opinião e com base nos estudos que tenho realizado, somente conscientizando e desenvolvendo programas de educação ambiental, os consumidores se engajarão em programas de logística reversa. Essa conscientização pode ser feita de várias formas: pelo governo, pelas empresas privadas, com a ajuda dos catadores de materiais recicláveis.
Abs
Patricia, a Lavra Logística Reversa de Eletroeletrônicos colabora com esta conscientização oferecendo coletas agendadas gratuitas para pessoas físicas que os consumidores finais. Gostaria de convidá-la a visitar nosso site www.lavra.eco.br e depois trocarmos algumas ideias.
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