A fase de implementação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos* tem como um dos principais objetivos, a regulação da logística reversa. Os acordos setoriais entre o Governo Federal e o empresariado encontram-se em processo, desde a formação do Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa, em abril deste ano, coordenado pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente. No caso do setor de embalagens, representantes das associações nacionais dos setores de papel, plástico e vidro, relatam que há alguns obstáculos a superar: necessidade de incentivos tributários, de melhoria de infraestrutura do país e de educação ambiental.
No setor de vidros, Ana Paula Bernardes, representante da Abividro - da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro*, explica que a embalagem desse material é 100% reciclável, mas existe capacidade ociosa. Ela considera que deve haver uma coordenação de logística reversa em nível nacional e a criação de uma gerenciadora para coordenar esse sistema no setor, além de incentivo à educação ambiental.
Manoel Padreca, assessor da ANAP – Associação Nacional de Aparistas de Papel*, considera que um dos alertas do segmento é que a PNRS abriu a brecha para a incineração, o que seria prejudicial, em sua opinião, à logística reversa. Ele explicou que se recicla cerca de 4 milhões de t/ano e produz na faixa de 7 milhões de t. Já as perdas são de 26%.
“Enfrentamos o problema da carga tributária. Seria necessário que a logística fosse facilitada, houvesse permissão de circulação nas rodovias, devido aos pedágios, e o tratamento desses trabalhadores, como agentes ambientais”.
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Por: Sucena Shkrada Resk - Planeta Sustentável - 31/08/2011
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