Nos últimos tempos, o aumento produtivo e o consumo descontrolado criaram por consequência um aumento da descartabilidade dos produtos em geral. Contudo, ainda não são encontrados os encadeamentos de fluxos reversos de pós-consumo para deposição final, reuso ou reciclagem para todo o volume gerado. Isto vem provocando um desequilíbrio entre as quantidades de produtos descartadas e reaproveitadas.
Mesmo tendo um forte apelo ambiental, ainda não se pode dizer que existe um grande interesse pelo estudo dos encadeamentos de distribuição reversos. A logística reversa é realizada, na maior parte dos casos, quando existe obrigação legal, quando existe risco de danos à imagem da empresa ou, em raros casos, quando consegue diminuir parte dos custos na linha de produção ao reutilizar algum dos componentes de seus produtos, principalmente as embalagens. Nos demais casos, sempre que podem, as empresas evitam a logística reversa (SOUZA, 2006).
É importante destacar que os bens de pós-consumo não precisam necessariamente retornar à cadeia de origem ou aos elos anteriores da cadeia de negócios. Esses produtos podem seguir adiante, sendo enviados como matérias primas secundárias ou componentes a outras indústrias, onde se inicia o processo de produção de um novo produto em uma nova cadeia de suprimentos.
Com a Logística Reversa dos bens de pós-consumo, as organizações também podem obter uma boa parte de materiais de volta para o seu fluxo de produção, seja por meio da reciclagem ou do reuso. A logística para reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os “detritos” e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram ou em um ciclo de produção paralelo. É uma atividade pela qual, materiais que poderiam se tornar lixo, ou que já estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos. Como, para as empresas recicladoras, estas matérias recuperadas sempre têm um custo mais conveniente que o da matéria prima original, cabe à logística para reciclagem viabilizar economicamente o transporte e a armazenagem dos produtos, obtendo, como efeito colateral benéfico, uma diminuição dos danos ambientais.
Os principais benefícios, no caso da reciclagem, são a preservação do meio ambiente e a redução de custos para as empresas (em alguns casos). As primeiras cadeias de reciclagem apareceram por razões econômicas. As cadeias de reciclagem de aço, ferro e papel, por exemplo, antecedem a preocupação pública com ecologia ou com o meio ambiente (KOPICKI, 1993).
Tanto a reciclagem de materiais, quanto as atividades de recondicionamento e remanufatura de produtos podem ser realizadas seguindo as mesmas etapas, que são três (KOPICKI, 1993): coleta, processamento e utilização.
Por este fato, vale ressaltar a importância dos agentes coletores cooperados que tem por função, passar de porta-a-porta coletando os resíduos sólidos urbanos gerados por nós cidadãos. Na maioria das vezes esses trabalhadores sofrem preconceitos e descasos da sociedade no campo de trabalho, sendo as vias públicas. Cabe a nós dar o respeito devido a esses profissionais, que agora com a Politica Nacional de Resíduos Sólidos sancionada, obtiveram o direito de sair da informalidade.
Por: Renato Binoto
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