"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

domingo, 27 de março de 2011

Estudo feito pelo Cetea aponta o impacto das ações previstas na PNRS na redução dos gases de efeito estufa gerados pelo lixo urbano


Finalmente regulamentada em dezembro de 2010, a Lei 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco regulatório fundamental para o avanço da gestão integrada com base na responsabilidade compartilhada pelo poder público, setor empresarial, cooperativas e a sociedade como um todo. Mas qual o impacto da nova lei na redução de gases de efeito estufa gerados pelo lixo urbano no Brasil?
Para responder a essa pergunta, o Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea/Ital) realizou, com apoio do Cempre, um estudo inédito para avaliar esses efeitos da PNRS. "Construímos cenários com alternativas de educação e gerenciamento integrado de resíduos sólidos, calculando seu resultado sobre o inventário dos gases de efeito estufa", conta Guilherme de Castilho Queiroz, pesquisador científico do Cetea/Ital.
O levantamento, que já faz parte de uma linha de pesquisa do órgão, foi concluído em cerca de um mês a partir do trabalho direto de dois pesquisadores do Grupo de Meio Ambiente que utilizaram a metodologia do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). Apresentados pela primeira vez durante a reunião da ONU sobre o clima, em Cancun no final do ano passado, os resultados permitem dimensionar e compreender o processo de biodegradação dos diferentes detritos orgânicos e seu consequente impacto nas mudanças climáticas.
As conclusões indicam a importância da educação, do consumo com menor descarte de resíduos, da reciclagem, da diminuição de desperdícios, do fim dos lixões e da construção de aterros com captura do metano e recuperação energética de gases. "A pesquisa também deixa claro que é necessário acabar com a ideia de que materiais e produtos ou resíduos não inertes biodegradáveis são 'melhores' para o meio ambiente do que os inertes. Na prática, ocorre o contrário: por se decompor no ambiente, o resíduo orgânico biodegradável um material de tratamento difícil que requer gestão adequada para reduzir impactos na disposição final, enquanto os resíduos inertes oferecem melhores opções de revalorização mediante reciclagem e reutilização, retornando à atividade industrial", analisa Queiroz.


Fonte: CEMPRE

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