Já as novas embalagens criam um problema para o descarte. Elas são feitas com um material composto, que mistura camadas de plástico e metal. Hoje não há tecnologia economicamente viável para separar esses componentes e reciclá-los. Algumas entidades começam a tentar coletar esses sacos para fazer com eles outros produtos, como bolsas. Mas não dão conta de todo o volume produzido. Além disso, esse material não é biodegradável, como a lata. Se for parar na natureza, fica lá por milhares ou milhões de anos.
A substituição provavelmente tem razões econômicas. Os produtos embalados nos saquinhos custam quase a metade do preço do que as latas no supermercado. Também permite lançar saquinhos com quantidades menores de molho de tomate, o que evita desperdícios. Mas o custo ambiental pode ser mais alto do que a economia no caixa do supermercado.
Não é primeira vez que a indústria de embalagens passa por um retrocesso do tipo. Há poucos anos, os fabricantes de óleo de cozinha também trocaram as embalagens de lata por garrafas plásticas (tipo PET). As latas eram biodegradáveis. As garrafas PET não. Naquele caso, o grande diferencial foi a atratividade do produto. O consumidor preferia comprar o óleo na embalagem transparente.
A economia ou atratividade do produto para o consumidor vai resultar em um custo mais alto de descontaminação de ambientes naturais e na sobrecarga dos depósitos de lixo. Mas não dá para esperar que alguma empresa desafie sozinha a tendência do mercado e insista na embalagem ecologicamente correta. Em alguns casos, só a regulamentação governamental pode resolver isso.
Por: Alexandre Mansur
A substituição provavelmente tem razões econômicas. Os produtos embalados nos saquinhos custam quase a metade do preço do que as latas no supermercado. Também permite lançar saquinhos com quantidades menores de molho de tomate, o que evita desperdícios. Mas o custo ambiental pode ser mais alto do que a economia no caixa do supermercado.
Não é primeira vez que a indústria de embalagens passa por um retrocesso do tipo. Há poucos anos, os fabricantes de óleo de cozinha também trocaram as embalagens de lata por garrafas plásticas (tipo PET). As latas eram biodegradáveis. As garrafas PET não. Naquele caso, o grande diferencial foi a atratividade do produto. O consumidor preferia comprar o óleo na embalagem transparente.
A economia ou atratividade do produto para o consumidor vai resultar em um custo mais alto de descontaminação de ambientes naturais e na sobrecarga dos depósitos de lixo. Mas não dá para esperar que alguma empresa desafie sozinha a tendência do mercado e insista na embalagem ecologicamente correta. Em alguns casos, só a regulamentação governamental pode resolver isso.
Por: Alexandre Mansur
Fonte: Blog do Planeta - Revista Época
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