A pesquisa feita por meio de questionamentos e levantamentos de informaçãos pelos canais normalmente disponíveis ao consumidor, mostrou que das 20 empresas pesquisadas, apenas seis dão informações compreensivas sobre a devolução dos equipamentos e baterias usados (Operadoras Vivo e Claro; as fabricantes de computadores e/ou celulares HP, Motorola Nokia e Sony).
"O resultado mostra que as empresas deixam muito a desejar", disse Adriana Caroux, coordenadora da pesquisa. "O fato é que como a Política Nacional de Residuos Sólidos ainda não saiu, não existe uma definição muito clara da responsabilidade de cada elo da cadeia, e as empresas adotam uma postura bem particular".
Seis das empresas pesquisadas (Apple, CCE, Lenovo, LG, Positivo e Samsung) não dispunham de informações atualizadas ou completas enquanto a ItauTec informou que aceita a devolução apenas na compra de outro equipamento.
Seis empresas não tinham qualquer informação sobre devolução dos equipamentos: Acer, Dell, Philips, Siemens, Tim e Semp Toshiba.
Neste caso, ponderou Charoux, algumas até têm programas e políticas interessantes, mas não divulgam direito, mesmo porque o consumidor ainda é pouco eslcarecido.
Todas as empresas foram solicitadas a responder também um questionário que seria usado para classificar a atuação referente a destino final do equipamento. Em alguns casos, o IDEC até enfrentou dificuldade em encontrar um representante da empresa responsável no Brasil para responder ao questionário.
Apenas sete responderam, das quais Motorola, Tim, Vivo, HP e Claro foram classificadas como boas. Itautec foi ranqueada com regular e as empresas Philips, Dell, Positivo e Samsung foram classificas como ruins.
Segundo Charoux, a responsabilidade precisa ser compartilhada: o governo precisa definir as resposabilidades numa legislação clara, os consumidores precisam exigir o cumprimento das leis e de seus direitos, enquanto as empresas precisam começar a pensar na incorporação dos resíduos na cadeia de produção e repensar a tradição de lançar novos produtos frequentemente.
"Na busca de diferenciação dos produtos, as empresas acabam se igualando no mesmo patamar insustentável de produção", concluiu. "Elas justificam que [a logística reversa e reciclagem] têm um custo alto, mas o que se extraiu da natureza niguem paga".
O IDEC deve agora preparar uma campanha de esclarecimento para a população e vai produzir uma cartilha para orientar os consumidores e as empresas sobre o assunto.
Por: Alexandre Spatuzza
Fonte: www.revistasustentabilidade.com.br
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