"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lixo é problema ambiental com agravantes sociais

Qual o destino dos caminhões que coletam o lixo de nossas casas? Cerca de 76% do lixo (ou resíduos sólidos) produzido no Brasil vai para lixões, 13% para aterros controlados, 10% para aterros sanitários e apenas 1% passa por processos de compostagem, reciclagem ou incineração (Banas Ambiental, junho/2000). O processo de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos é de responsabilidade dos municípios e transformou-se em um dos grandes problemas enfrentados por inúmeros governantes que não sabem o que fazer com tanto lixo.
Os lixões, para onde vai a maior parte do lixo doméstico, são depósitos a céu aberto, onde os resíduos, depositados de forma regular ou clandestinamente, formam verdadeiras montanhas. Além da poluição visual, do risco de contaminação do solo, de rios e águas subterrâneas - caso os resíduos alcancem o lençol freático - nos lixões proliferam parasitas causadores de doenças. Muitas pessoas, ainda, lançam seus lixos em vias públicas, rios, praias, mares, em terrenos baldios, margens de vias públicas, redes de esgoto, entre outros locais impróprios.
Os aterros sanitários são uma forma um pouco mais sofisticada de depósito desses materiais. Neles, o lixo é confinado em camadas posteriormente compactadas e cobertas por novas camadas, intercaladas por camadas de terra. Para que o aterro não provoque danos ambientais, devem ser seguidas normas específicas para a sua construção e manutenção. De modo geral, o terreno deve ser impermeabilizado, construído em uma área distante de fontes de água, depois de certificado de que não há lençol freático no local. Os aterros também possuem vida útil limitada e depois de saturado, o terreno deve ser coberto por terra e não pode ser utilizado para construções, devido à instabilidade do terreno. O ideal é destinar esses locais para áreas públicas de lazer, como praças e quadras de jogos.
O impacto desse volume de lixo no meio ambiente das cidades é grande. A quantidade de dejetos só tende a aumentar e pode ocasionar escassez e esgotamento de recursos naturais, poluição do ar, da água, do solo, além de problemas de saúde pública, devido à proliferação de parasitas e surgimento de doenças.
O crescente número de catadores, que garantem o sustento de suas famílias com a venda do que é encontrado nos depósitos de lixo, é outro desafio para muitas prefeituras. Diversos municípios tentam reverter essa situação, incorporando esses trabalhadores ao processo produtivo, criando cooperativas de catadores a partir da instalação de programas de reciclagem na cidade.
A organização Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo, mantida por empresas privadas de diversos setores, criou, em parceria com a Organização de Auxílio Fraterno (OAF), o kit Cooperar Reciclando Reciclar Cooperando, com o intuito de auxiliar aos que têm o interesse de viabilizar a reciclagem através do trabalho cooperado.

Para ler a matéria completa acesse:

http://www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid10.htm

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