"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Onda de recalls em 2013 - Em 3 meses já totalizam 27 na indústria automotiva

As montadoras de carros seguem a onda de recalls em 2013. O maior do ano até aqui foi anunciado ontem: as japonesas Toyota, Nissan, Honda e Mazda deverão convocar cerca de 3,4 milhões de veículos em vários países, incluindo o Brasil, por conta de um defeito detectado nos airbags. Na última terça-feira, a Renault havia informado sobre problema no porta-malas das peruas Mégane Grand Tour. Desde janeiro, BMW, Mitsubishi e Mercedes-Benz também divulgaram falhas em unidades.

Com os anúncios de ontem, o total de recalls em 2013 chegou a 27, número considerado bastante elevado para pouco mais de três meses. Em todo o ano passado, o governo brasileiro contabilizou 65 chamamentos. Nos últimos 10 anos, as montadoras responderam por 65% dos recalls no país, representando 337 dos 515 chamados feitos entre 2003 e 2012. Em seguida, nesse ranking, aparecem motocicletas (69) e produtos em geral (55).

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, notificou ontem as marcas japonesas, exigindo comunicado imediato sobre o recall global. O chamado das montadoras envolve alguns dos modelos mais vendidos pelo mundo, como Camry e Corolla (Toyota), Maxima (Nissan), e Civic (Honda). O sistema de airbag defeituoso atinge carros fabricados a partir de 2000 — ainda não se sabe quantos desses estão no Brasil.

A falha detectada pode impedir a ativação correta do airbag em caso de acidentes, devido a um problema no propelente que aciona o dispositivo no banco dianteiro do lado do passageiro. Como resultado, antecipou o Ministério dos Transportes japonês, há risco de princípio de incêndio em 2,92 milhões de veículos. As empresas atualizaram esse número e asseguraram não haver relatos de ferimentos ou mortes causadas pelo defeito em questão.

Todos esses airbags, segundo o ministério nipônico, foram fabricados no México pela mesma empresa: a japonesa Takata, considerada a segunda maior fornecedora mundial do componente, e também de cintos de segurança. A divulgação do recall fez as ações da companhia despencarem quase 10% na Bolsa de Valores de Tóquio. Fundada em 1933, a Takata dispõe de 54 fábricas em 20 países espalhados por Ásia, Europa e Américas.

Orientação

No comunicado da Toyota, consta a orientação para que os consumidores envolvidos no recall não transportem passageiros no banco da frente do passageiro. O chamado foi para 28,9 mil Corollas, modelos XEi e SEG, com data de fabricação entre 31 de maio de 2002 e 6 de agosto de 2003. Em duas semanas, os clientes terão de ir a concessionária para que o carro passe por uma inspeção. Caso o defeito seja constatado, a troca do dispositivo se dará em até dois meses.

Em nota, a Honda limitou-se a informar que, "sobre o recall dos modelos Civic 2001, 2002 e 2003, e CR-V 2002, está avaliando a situação no Brasil e se pronunciará tão logo os levantamentos sejam finalizados". A Nissan, que recolherá 480 mil veículos globalmente, aguarda retorno da matriz para fornecer detalhes nacionais. A Mazda, sem operações no Brasil, mas com veículos importados circulando pelo país, convocará 45,5 mil unidades no mundo.

Segurança

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), conforme o Ministério da Justiça reforçou ontem em nota, diz que o fornecedor não pode colocar no mercado de consumo um produto ou um serviço que apresente alto grau de risco à saúde ou segurança das pessoas. Caso o fornecedor venha a ter conhecimento da existência de defeito após a inserção desses produtos ou serviços no mercado, é obrigação comunicar o fato imediatamente às autoridades e aos consumidores.

Por: Diego Amorin/Fonte: Correio Braziliense

Mais rigor nos Recalls na China 

O governo chinês resolveu agir e criou novas regras para inibir a ação de montadoras e importadoras que negociarem carros sabendo que os mesmos apresentam defeitos.

A medida, que passou a vigorar no início deste ano, prevê multas que variam entre 1% e 10% da receita de vendas destes veículos para os fabricantes que ocultarem os problemas e não descontinuarem a comercialização do produto em questão. 

Caso não apresentem relatórios de recall as empresas envolvidas poderão ser multadas em até US$ 32.036 ou mesmo terem suas licenças de produção revogadas, caso a situação seja considerada grave pelo governo local.

Além disso, as empresas que não comunicarem aos consumidores sobre a necessidade de recall ou não anunciarem a convocação para a correção dos problemas serão penalizadas com multas que vão de US$ 80 mil a US$ 160 mil.

Entre 2004 e 2011 nada menos que 6,2 milhões de unidades foram convocadas para recall no país.

(Por Michelle Sá / Fonte: Autoblog)

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