Ilustração: Luciano Veronezi - Revista Época Negócios |
O Brasil tem um bom índice de reciclagem de vidro, estimado em 47% do total. Mas ele pode ser maior, diz a Diageo, fabricante de bebidas destiladas. Sua ideia é fidelizar os catadores de vidros, que hoje vendem as garrafas a quem pague melhor – ora fabricantes de vidro e envasadores, ora falsificadores de bebida. O programa de reciclagem da Diageo tem um bom efeito colateral: dificulta a vida dos falsificadores
No final de 2011, a empresa fez um acordo com 22 bares de São Paulo, uma cooperativa de catadores e uma das maiores fabricantes globais de vidro, a Owens-Illinois (O-I). Pelo programa, os catadores farão a coleta nos bares, processarão o vidro e venderão os cacos para a O-I. “É uma ação significativa, já que cerca de 50% das vendas de vidro são feitas para estabelecimentos comerciais”, diz Lucien Belmonte, superintendente da Abividro. Além dos benefícios ambientais, a Diageo estreita o relacionamento com seus clientes e, de quebra, inibe a venda de bebidas falsificadas.
A cooperativa do programa, a Vira Lata, recebeu uma van e uma máquina trituradora. Também tem passado por treinamento para saber como conduzir o negócio. Por enquanto, a Vira Lata processa 70 toneladas de vidro por mês. O número pode subir para 300 até junho, quando o projeto deverá contar com 80 bares da cidade. Também há planos de levar a ação ao Rio de Janeiro e a Recife, diz Grazielle Parenti, diretora de relações corporativas da Diageo.
Fonte: Época Negócios
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