Crédito: Embalagem Sustentável - Elisa Quartim Barbosa Site:http://embalagemsustentavel.com.br/2010/05/07/acv-analise-do-ciclo-de-vida/ |
A implantação da logística reversa em todo o país deverá ocorrer, no mínimo, em 2015, estima o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki.
A logística reversa, dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), prevê o retorno para a indústria de materiais como eletroeletrônicos e pneus, para que possam ser novamente aproveitados pelo fabricante. Para isso, requer o envolvimento de todos na linha de produção e distribuição: fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e o próprio consumidor, responsável pela devolução do produto aos postos de coleta.
A PNRS, aprovada em 2010, estabeleceu prazo até 2014 para a implantação da logística reversa e de outros pontos relativos à reciclagem e reutilização de resíduos sólidos, como o fim dos lixões. “E olha que estamos bem adiantados, se comparados a alguns países europeus”, disse Nabil Bonduki, fazendo referência à Alemanha, que iniciou a implantação da logística reversa há quatro décadas. “E eles até hoje só conseguem recolher 50% das lâmpadas usadas”, exemplifica o secretário.
Para a professora e pesquisadora do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB) Izabel Zaneti, o prazo para a implementação é mais do que adequado. “A Política de Resíduos Sólidos levou mais de 20 anos para ser votada. É preciso tempo para que as indústrias possam se adaptar a isso.”
Para ela, com as novas regras, haverá uma mudança de ação por parte das indústrias, que passarão a usar tecnologias mais limpas, mudando embalagens e metais usados na produção, para facilitar a reutilização. “É um momento importante para se repensar os produtos”, disse.
Inicialmente, a logística reversa engloba o recolhimento de resíduos e embalagens de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Cada produto está em uma fase de implantação diferente. No caso dos agrotóxicos, há campanhas de recolhimento de embalagens nos postos de venda. Os óleos lubrificantes já contam com uma política de recolhimento em algumas partes do Sul do país. As regras para o recolhimento de lâmpadas têm proposta de edital pronta, que depende de aprovação do Ministério do Meio Ambiente. Os produtos com a logística reversa mais atrasada são os eletroeletrônicos, que ainda não têm edital concluído.
“A coisa é complexa, pode levar um certo tempo para se concretizar. E vai precisar de muita educação ambiental e obrigação social”, disse Nabil Bonduki.
O secretário destaca que a participação do consumidor será fundamental em todo o processo. “É preciso a conscientização das pessoas para entregar o produto, ter a infraestrutura apta a recebê-lo e uma logística para recolher e levá-lo para o destino final e uma estrutura de reciclagem desses produtos”, ressalta.
A lei prevê punição para os envolvidos na cadeia produtiva que não colaborarem com a nova política, assim que ela estiver totalmente implantada no país. As penalidades vão da cobrança de multa até o processo com base na Lei de Crimes Ambientais.
Fonte: Jornal do Brasil
Crédito da imagem: Crédito: Embalagem Sustentável - Elisa Quartim Barbosa
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Disponível em: CLRB
Este comentário não é uma critica negativa mas sim uma constatação histórica.
ResponderExcluirO que hoje se denomina Logística Reversa existe para os Exércitos em Campanha (Guerras) com a denominação de Salvados. Nas frentes de combata se realizam triagens de material de interêsse de ambas as partes que podem servir como material que irá reintegrar a cadeia de apoio logístico; material que , por ser desconhecido (pertence ao inimigo) é passível de ser analisado para obter dados de desenvolvimento tecnológico ou, quando é de nossa propriedade, negar ao inimigo informações de tecnologia de nossa domínio. Quanto ao restante, permanece no campo de batalha.
Da mesma forma, o homem hoje descarta o material já utilizado. Para uma Logística Reversa que tenha sucesso, o que se deve construir é um sistema que seja atrativo para alguém que irá utilizar este descarte com lucro, que é o gerador de interêsse.
Algumas notícias veículadas por agencias internacionais dão conta de que existem ilhas no oriente que já não têm espaço para colocar sobras de computadores descartados por países desenvolvidos. Recebem o material porque alguem recebe dinheiro para isso.
Mas, parabéns pelo esforço. A luta é árdua e longa... Sucesso.