"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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domingo, 4 de setembro de 2011

Empresas de café em cápsulas buscam soluções ecologicamente amigáveis para suas embalagens

A tecnologia contribui para aumentar o consumo da bebida, mas gera resíduos que podem causar danos ao meio ambiente. O café embalado em cápsulas rende boa bebida e praticidade, mas é necessário cuidado na hora de descartar o material.
Sergio del Valle/Agência EFE
Segundo a Organização Internacional do Café (ICO, na sigla em inglês) "o café é o segundo produto que mais se comercializa depois do petróleo". É uma das bebidas mais consumidas do planeta. Reunir tantos consumidores faz com que as empresas invistam sempre em novas fórmulas de produção, distribuição e consumo. 
A forma como é servido variou muito ao longo da história. Desde os antigos bules, nos quais se utilizava um recipiente que não transmitisse seu próprio sabor à bebida como o barro e o ferro esmaltado, até as modernas cafeteiras espresso. As máquinas que facilitam o consumo evoluíram e hoje abre espaço para as famosas cafeteiras de cápsula. 
São muitas as vantagens deste tipo de produto: prático, rápido e fácil de preparar. Com o sucesso da tecnologia, as cápsulas têm alcançado muitos amantes da bebida e, por isso, são várias as empresas que passaram a comercializá-lo. 
No entanto, as novas cafeteiras monodoses, como são conhecidas, apresentam um ponto negativo. Embora sejam funcionais por apresentar um sistema higiênico e de fácil manejo, pecam em matéria de cuidado com o meio ambiente.
Segundo as especificações, as cápsulas são compostas principalmente de dois materiais: alumínio e plástico polipropileno. Por serem embalagens inovadoras, muitos países não dispõem de uma legislação específica sobre elas. De modo que, quando são utilizadas, um novo resíduo para o meio ambiente que antes não existia é originado. 
O que é possível fazer com este tipo de embalagem para evitar danos à natureza? Em alguns países europeus se considera que estes recipientes são equiparáveis aos pacotinhos de chá ou peles dos embutidos e não sofrem o mesmo processo de reciclagem que outros produtos.
Sergio del Valle/Agência EFE
Mesmo se o cidadão depositá-lo em um recipiente específico para este tipo de  material  o  resultado  seria o mesmo: incinerado ou fazendo parte de uma montanha de dejetos na lixeira mais próxima. 
Soluções possíveis
Perante esta situação, as empresas de café colocaram mãos à obra e estão tentando encontrar a fórmula para conseguir a embalagem mais ecológica possível. Algumas soluções estão na fabricação de embalagens biodegradáveis, programas para reciclar cápsulas ou a para reutilizar o material. 
A marca Nespresso, da Nestlé, oferece um serviço de reciclagem para as cápsulas de alumínio. O cliente pode depositar as embalagens em suas lojas e, então, as cápsulas são enviadas para uma unidade de reciclagem na qual o alumínio é fundido e preparado para ser vendido para outras companhias. Segundo a Nespresso, para o ano de 2013 espera-se conseguir uma reciclagem de 75% das embalagens que fabricam. "O alumínio das cápsulas é infinitamente reciclável. O café restante que permanece em seu interior é utilizado como fertilizante natural ou como fonte de energia ecológica para calefação doméstica", diz um porta-voz da empresa na Espanha.


Por: Agência EFE
Fonte: Revista Globo Rural

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