"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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domingo, 12 de junho de 2011

Logística Reversa deve estar aliada à Sustentabilidade, afirma chefe do setor de encomendas dos Correios

Foto: Rômulo Serpa/Agência Full Time
Sustentabilidade. Este é um conceito que deve estar relacionado, obrigatoriamente, às práticas de logística reversa nas empresas. A afirmação é do chefe de setor de encomendas dos Correios, Ricardo Fogos, que nessa quinta-feira (9) participou do Seminário Logística Reversa e o Setor Transportador, promovido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília (DF).
De acordo com Fogos, no contexto atual, com consumidores cada vez mais exigentes e interessados em produtos ‘verdes’, não é possível pensar na destinação final ou no retorno de produtos sem o desenvolvimento de ações sustentáveis.
Ele destacou que uma das metas dos Correios, nos últimos anos, é buscar soluções sustentáveis de pós-consumo aliadas a aspectos éticos e ambientais. “Nosso grande desafio é construir uma logística reversa com sustentabilidade. Essas estratégias precisam ser construídas em conjunto”, disse.
Os Correios estão presentes em todos os municípios e desenvolvem ações bem sucedidas nesse campo. Entre elas, por exemplo, a de reaproveitamento de uniformes, malas e malotes. Antes incinerado, o material agora é doado para Organizações Não-Governamentais (ONGs) e transformado em uniformes escolares ou usado em artesanato.
Em 2010, mais de 22 mil uniformes e quase 15 mil malotes foram doados para escolas e creches. De acordo com Fogos, além de sustentabilidade, o trabalho é uma oportunidade para desenvolver aspectos culturais e, no caso da utilização para artesanato, trazer retorno financeiro.
Em relação à logística reversa, Fogos também lembrou que a engenharia precisa facilitar a desmontagem dos produtos, que poderão ser reaproveitados. “É preciso ter consciência ecológica, preocupar-se com a etapa final de vida do produto. Sustentabilidade não é tendência, é necessidade”, frisou.
Encerramento: O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, encerrou o seminário. Ele afirmou que o conceito de logística reversa só vai funcionar se for bem compreendida pelas empresas. “Os transportadores são um elo fundamental na logística reversa e eles precisam receber essas informações. Este é o papel da CNT”, destacou.
Além de Bruno Batista e Ricardo Fogos, participaram a gerente de Resíduos Perigosos do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Zilda Veloso; e o presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), Paulo Roberto Leite. O presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Logística (Aslog), Adalberto Panzan e o gerente de operações da empresa ADS Logística, Bruno Fernandes, também estavam presentes. As palestras foram abertas ao público interessado no tema. Participaram técnicos de instituições públicas e de empresas privadas.

Por: Rosalvo Júnior

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