Criada há dez anos, a cooperativa 100 Dimensão, em Riacho Fundo II, uma das 30 em atividade no Distrito Federal, tem 200 associados e outros 400 em cadastro, aguardando a oportunidade de participar do negócio. No início, eram 27 moradores da localidade, que procuravam uma forma de vencer o desemprego.
No galpão da 100 Dimensão são processadas 120 toneladas de materiais por dia. Cada quilo é vendido para empresas de reciclagem por 50 centavos, em média. Segundo a presidente da cooperativa, Sônia Maria Silva, (boneco 103) a renda dos cooperados varia de 1 a 1,5 salário mínimo. A meta da cooperativa é multiplicar por quatro esse valor, por meio de novas parcerias e aquisição de maquinário de processamento.
– Se a gente tiver uma boa organização, dá muita renda. Se a gente trabalhar direitinho, tem jeito de sair da linha da miséria – afirma.
Sônia reclama da falta de incentivos para as cooperativas e da dupla tributação para a matéria-prima, já que o Imposto sobre Produtos Industrializados é cobrado na origem do produto e também depois, quando ele é reciclado.
A cooperativa tem dois caminhões para coletar os resíduos dos doadores – um shopping center, órgãos públicos e condomínios –, já que em Brasília a coleta seletiva sob a responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana ainda é incipiente. Apenas 8% do lixo gerado na capital são destinados à reciclagem. Sônia faz uma recomendação básica aos cidadãos interessados em contribuir: separar o lixo seco do lixo molhado, além de destinar a matéria orgânica para compostagem.
A ex-diarista Domingas Jesus Farias, 50 anos, uma das sócias fundadoras da cooperativa (boneco 104), que trabalha na triagem de materiais, conta que teve a vida transformada: "para trabalhar com o lixo, a gente fez uma reciclagem em nossas vidas".
– Isso aqui para mim é divino. É meu paraíso. Tenho uma liberdade que nunca tive. Aqui a gente é dono do próprio negócio, e cada dia eu aprendo mais. É uma coisa maravilhosa, a gente sabe que está trabalhando pelo meio ambiente e está limpando a cidade – afirma.
A renda com a atividade chegou a cerca de R$ 800 por mês, mas nos últimos meses caiu pela metade. A crise financeira internacional teve grande impacto sobre o valor dos resíduos para reciclagem. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o preço do quilo de plástico de garrafas PET, por exemplo, caiu de R$ 1,20 para R$ 0,35.
– Se a gente tiver uma boa organização, dá muita renda. Se a gente trabalhar direitinho, tem jeito de sair da linha da miséria – afirma.
Sônia reclama da falta de incentivos para as cooperativas e da dupla tributação para a matéria-prima, já que o Imposto sobre Produtos Industrializados é cobrado na origem do produto e também depois, quando ele é reciclado.
A cooperativa tem dois caminhões para coletar os resíduos dos doadores – um shopping center, órgãos públicos e condomínios –, já que em Brasília a coleta seletiva sob a responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana ainda é incipiente. Apenas 8% do lixo gerado na capital são destinados à reciclagem. Sônia faz uma recomendação básica aos cidadãos interessados em contribuir: separar o lixo seco do lixo molhado, além de destinar a matéria orgânica para compostagem.
A ex-diarista Domingas Jesus Farias, 50 anos, uma das sócias fundadoras da cooperativa (boneco 104), que trabalha na triagem de materiais, conta que teve a vida transformada: "para trabalhar com o lixo, a gente fez uma reciclagem em nossas vidas".
– Isso aqui para mim é divino. É meu paraíso. Tenho uma liberdade que nunca tive. Aqui a gente é dono do próprio negócio, e cada dia eu aprendo mais. É uma coisa maravilhosa, a gente sabe que está trabalhando pelo meio ambiente e está limpando a cidade – afirma.
A renda com a atividade chegou a cerca de R$ 800 por mês, mas nos últimos meses caiu pela metade. A crise financeira internacional teve grande impacto sobre o valor dos resíduos para reciclagem. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o preço do quilo de plástico de garrafas PET, por exemplo, caiu de R$ 1,20 para R$ 0,35.
Fonte: Senado Federal
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