"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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domingo, 8 de agosto de 2010

O Protocolo Verde tem futuro?

Dois anos depois, iniciativa de bancos públicos pela sustentabilidade se destaca pela falta de efetividade.
No dia 1º de agosto, um protocolo de intenções assinado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e cinco bancos públicos completou dois anos. Assinado em 2008, o Protocolo Verde é uma espécie de carta de intenções dos bancos, que se comprometem a introduzir critérios socioambientais nas suas práticas de financiamento.

Não foi a primeira vez que os bancos assinaram um documento como esse. Em 1995, um protocolo semelhante tinha sido assinado, mas não foi colocado em prática, e ficou "esquecido". Em 2008, após o anúncio de aumento do desmatamento da Amazônia, o governo tomou uma série de medidas para restringir o desmatamento, entre elas uma resolução do Conselho Monetário Nacional que incluiu o licenciamento ambiental como condição para poder liberar empréstimos e financiamentos.
O economista da Universidade Federal de Uberlândia Shigeo Shiki, que participa das negociações do protocolo no MMA, explica que, para colocar em prática essas medidas, o presidente Lula chamou os bancos públicos para a discussão, que resultou na renovação desse mecanismo, em caráter voluntário. "A ideia era prevenir que os bancos públicos, dinheiro público, financiassem o desmatamento ou atividades danosas ao meio ambiente", explica.
Segundo Shiki, a assinatura em si já foi um avanço grande. Mas para o coordenador de Eco-finanças da ONG Amigos da Terra, Roland Widmer, os resultados da iniciativa não parecem tão positivos. "Os mecanismos de governança deixam a desejar. Por exemplo, não existe uma comissão entre MMA, bancos signatários e Sociedade civil que monitore, dirija e garanta a Governança dessa iniciativa de autorregulação", diz.
Widmer ressalta que não existe um comitê para supervisionar a implementação das propostas, nem instâncias para cuidar de casos de desrespeito das cláusulas do protocolo ou examinar queixas referentes a não-aplicação ou má-aplicação do protocolo. "Além de ser triste em si, é um mau presságio para os demais protocolos assinados pelo MMA e outros atores", diz.

Por: Bruno Calixto
Fonte: http://www.envolverde.com.br/

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