"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Projeto pioneiro da OnG Programando o Futuro no Centro-Oeste recicla plástico de eletrônicos

Projeto pioneiro no Centro-Oeste recicla plástico de eletrônicosRealizado em Valparaíso (GO), com apoio da Fundação BB, projeto passa a reciclar material que seria descartado ou enviado para São Paulo
Sobras de plástico retiradas de lixo eletrônico, que antes eram descartadas em aterros sanitários ou enviadas a São Paulo para reciclagem, agora são transformadas em brinquedos, copos, canetas e brindes em geral, em Valparaíso (GO), cidade a 60 quilômetros de Brasília.

A transformação é realizada em uma impressora 3D, a partir de material plástico de lixo eletrônico, como televisões e impressoras descartadas. O projeto em fase experimental e pioneiro na região Centro-Oeste é resultado de uma nova parceria entre a Fundação Banco do Brasil e a Ong Programando o Futuro, com o apoio da Universidade de Brasília.

Com o investimento social de R$ 197 mil, foi possível estruturar o laboratório de tratamento e destinação correta do que é conhecido como refugo eletrônico (material extraído de equipamentos eletroeletrônicos e de difícil tratamento e destinação). A Programando o Futuro adquiriu um conjunto de máquinas que ajudam na triagem, separação e descaracterização dos rejeitos de plástico, cobre, borracha e fibras de papelão. A experiência está sendo executada dentro da Estação de Metarreciclagem (EMR), um projeto que a entidade desenvolve desde 2010.

Além de ajudar a preservar o meio ambiente, a iniciativa gera trabalho e renda para os colaboradores da Ong e trabalhadores das cooperativas da região. Para esse trabalho, 14 colaboradores - funcionários e bolsistas - foram capacitados. É o caso de Glauber Lima, ex-aluno do curso de montagem e configuração de computadores, oferecido pela Estação de Metarreciclagem. Hoje ele é parceiro da Ong e faz uso de peças e outros materiais reciclados na fabricação de aeromodelos.

"Essa nova parceria com a Fundação Banco do Brasil possibilitou o início imediato das operações com a aquisição do maquinário. Agora podemos reaproveitar aquilo que não tinha condições de reciclagem para a fabricação de novos produtos. Estamos felizes e o meio ambiente agradece", declara Vilmar Simion, coordenador executivo da Programando o Futuro.

O coordenador do projeto, Adalberto Vale, explica que o processo é feito por meio de um sistema de aglutinação em que é usado 60 por cento de refugo e 40 por cento de plástico de primeira linha retirado dos aparelhos. O resultado é uma matéria-prima de boa qualidade. O produto desse processamento é repassado para as FabLabs - espaços que reúnem pessoas de diversas áreas para fabricação digital de forma colaborativa -, universidades, empresas de impressão 3D e, futuramente, para condomínios habitacionais de baixa renda que priorizem materiais reciclados. Com as sobras também podem ser fabricados bancos de praças, bloquetes, tijolos ecológicos, tachões ou redutores de velocidade e placas de trânsitos.

Com esse projeto, o lixo eletrônico pode ter uma extensão da vida útil, por meio do reuso, permitindo a comunidades menos favorecidas o acesso a computadores recondicionados , explica Rosângela Brandão, assessora da Fundação BB. "Além disso, substâncias que seriam poluidoras, se descartadas, voltam ao mercado produtivo como matéria-prima, contribuindo em uma enorme economia de recursos naturais. Assim, a Fundação BB observa as dimensões social, econômica e ambiental, ao apoiar um empreendimento social autogerido", destacou.

Sobre a Metarreciclagem
O projeto Estação de Metarreciclagem capacita jovens de comunidades carentes, com idades de 15 a 28 anos, ao oferecer oficinas de formação técnica para recondicionar equipamentos de informática. Os computadores, impressoras e monitores são doados para iniciativas de inclusão digital, bibliotecas, telecentros e laboratórios de escolas públicas e creches. A capacidade de tratamento de lixo eletrônico da Estação é de 500 toneladas ao ano. A Fundação Banco do Brasil é parceira da Ong desde a criação e já investiu R$ 5,2 milhões em 54 projetos.

A realização deste projeto contempla um Objetivo do Desenvolvimento Sustentável, que faz parte da Agenda da Organização das Nações Unidas com metas para o ano de 2030.

Disponível em: FBB - Fundação Banco do Brasil
Escrito por: Dalva de Oliveira

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