"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Logística reversa de etiquetas antifurto - Sustentabilidade cria mercado aos fornecedores do comércio

Novas tecnologias e inovações podem contribuir com o corte de gastos pelas redes varejistas, em meio ao debate sobre a sustentabilidade e o descarte correto de resíduos entre consumidores, varejo e indústria no País. Em um período no qual a preocupação em diminuir o impacto ambiental e reduzir o custo com logística reversa aumenta, empresas do setor buscam opções que permitam facilitar o processo de descarte e devolução de embalagens e produtos. 
A preocupação é intensificada pela implantação - cada vez mais próxima - da Lei 12.035/2010, que divide entre a cadeia produtiva, governos e consumidores a responsabilidade pela destinação correta dos resíduos sólidos gerados após o consumo. Algumas soluções já são oferecidas aos varejistas, ainda que em menor escala. 

Um exemplo vem das etiquetas encapsuladas, por exemplo, que podem eliminar os custos de logística reversa com os sensores antifurto, utilizadas por varejistas e lojas do segmento têxtil. Nessa perspectiva de negócios, empresas como a Plastrom Sensormatic já oferecem a tecnologia que pode substituir as etiquetas rígidas, mais comuns atualmente. 
Segundo o diretor de Marketing, Soluções e Operações de Lojas da Plastrom Sensormatic, essas pequenas inovações devem ter um impacto expressivo na cadeia varejista brasileira. Afinal, elas podem contribuir com redução de custos de transporte. "Hoje, no varejo, o caixa retira a etiqueta de segurança e tem que mandá-la de volta para uma empresa. Uma solução para isso é a etiquetagem na origem, em que o cliente leva embora a etiqueta junto com o produto, após desativá-la e o varejista não tem custo nenhum com logística reversa", declarou. 
O executivo ainda argumenta que algumas redes brasileiras já adotaram a medida, mas a difusão ainda é muito pequena se comparada com outros mercados, como os Estados Unidos. A empresa ainda oferece outras soluções para as redes varejistas, como etiquetas RFid, que permitem um melhor controle sobre peças nos estoques e sobre saídas de produtos dos inventários. 
Sustentabilidade 
Durante o Congresso de Gestão na Apas 2013 - 29º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados, um dos maiores empresários do País, o filho do fundador do império que envolve hoje o Grupo Pão de Açúcar (GPA), Abílio Diniz, fez palestra sobre a evolução dos modelos de gestão em que o cruzamento dos benefícios socioambientais com os benefícios econômicos resulta em um valor compartilhado pela cadeia do abastecimento. 
Entre várias reuniões e eventos paralelos na feira, João Galassi, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas) comentou sobre o tema da palestra de Diniz. "Esse novo conceito nasceu para elevar o valor humano dentro das empresas. Ele é uma evolução dos modelos de gestão, em que o cruzamento dos benefícios socioambientais com os benefícios econômicos resulta em um valor compartilhado por toda a cadeia do abastecimento, gerando relações de valor com harmonia e transparência", declarou o especialista. 
Defensor 
Como um dos defensores de práticas sustentáveis nos pontos de venda, como um exercício de business e preocupação com o futuro, ontem, durante o evento do setor, Diniz defendeu a prática do "capitalismo consciente" pelas empresas. "Por que nós não podemos ser capitalistas e geradores de riqueza, não só para nós, mas para todos? É isso que nós consideramos capitalismo consciente. Aquele que gera riqueza para todos, move as economias, faz com que as pessoas tenham mais emprego, mais capacidade de trabalho, e sejam melhores, mais ricas, e com uma vida melhor", afirmou. 
Para Diniz, as empresas que seguem esse conceito são mais eficientes. Hoje como presidente dos conselhos de administração do Pão de Açúcar e da BRF, Abilio Diniz tem um papel expressivo como quase um guru do mercado. Na visão dele, apesar de fundamental o lucro não deve ser o único foco. "Lucro é bom, mas precisamos ir além disso. Eu realmente sou um daqueles que procura difundir o capitalismo consciente. As empresas que seguem a ideia do capitalismo consciente são mais eficientes", disse, em palestra na Feira Apas. 
Conforme Diniz, o capitalismo consciente é algo atual. "Após a crise dos mercados em 2008 o assunto foi mais bem tratado. Muitas empresas que visavam apenas o lucro foram as mais impactadas." Ainda segundo o empresário, é possível identificar quais empresas atuam no capitalismo consciente pela forma com que tratam seus colaboradores e fornecedores. O ex-controlador do GPA acredita ainda que remunerar colaboradores que atingem metas é a melhor maneira de alcançar objetivos, "mas os planos de incentivo devem ser claros".

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