"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cetrel inaugura o primeiro Centro de Inovação e Tecnologia Ambiental (CITA) para transformar resíduos industriais em novos produtos

A Cetrel inaugura, em 25 de agosto, às 9h, o primeiro Centro de Inovação e Tecnologia Ambiental (CITA) para transformar resíduos industriais em novos produtos. Com investimento de R$ 15 milhões, o CITA possui uma área de 2,5 mil metros quadrados no Polo Industrial de Camaçari (BA), e abriga diversos laboratórios, além de possuir área específica para a implantação de modernas plantas-pilotos. O centro completa a estratégia traçada pela empresa em 2006 de ampliar seu portfólio de serviços transformando resíduos industriais em matérias-primas alternativas. A própria unidade inédita no Brasil foi construída com alguns materiais transformados.
A estratégia da Cetrel consiste em aproveitar sua experiência de 33 anos no tratamento de efluentes sólidos, líquidos e gasosos e aplicá-la no desenvolvimento de tecnologias para melhor aproveitamento de resíduos com foco no desperdício zero e no aproveitamento máximo. Atualmente, 7% a 10% do faturamento da companhia são destinados à pesquisa neste sentido.
“Não existe no País centro de pesquisa e tecnologia como o criado pela Cetrel em Camaçari. Queremos mostrar que todo e qualquer passivo ambiental pode ser transformado para continuar atendendo à demanda da indústria. Transformamos lixo industrial em negócios rentáveis, e esta é uma necessidade de setores que querem crescer de forma sustentável”, afirma Ney Silva, diretor presidente da Cetrel.
O trabalho do CITA será desenvolvido em diversas linhas de pesquisa. A primeira é a da utilização de biocompósitos, materiais produzidos a partir de resíduos industriais. Um dos produtos é a madeira plástica que utiliza resíduos sólidos de fibra natural e resinas da Braskem, empresa parceira da Cetrel. “Unir esforços com a Cetrel para a geração de tecnologias que privilegiem transformar passivo ambiental em novas oportunidades de negócio representa, antes de tudo, um compromisso da Braskem com a sustentabilidade. Este pensamento está expresso na filosofia do CITA”, destaca Manoel Carnaúba, vice-presidente executivo da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem e presidente do Conselho de Administração da Cetrel.
Outro projeto é a recuperação de enxofre com um grau de pureza até cinco vezes maior do que o produto disponível no mercado. A planta-piloto para produção deste elemento deve estar pronta para oferecer o produto ao mercado já em 2012.
A terceira linha de pesquisa é a recuperação de metais preciosos como ouro, prata, cobre e alumínio encontrados em alguns resíduos descartados pelas empresas, principalmente, as do setor de tecnologia. Já há perspectiva para implantação de um projeto piloto no Rio Grande do Sul para que seja instalada no estado uma unidade-piloto, representando uma ação pioneira no país.
Outra linha de pesquisa e inovação é a de pavimentação. Os pesquisadores da Cetrel desenvolveram asfalto ecológico produzido a partir dos resíduos gerados em outros projetos ou em processos industriais das empresas parceiras. Ainda faz parte das pesquisas na área de inovação o desenvolvimento de membranas para a adsorção de poluentes gasosos, em apoio as atividades de monitoramento do ar, que a empresa já exerce há 14 anos em Camaçari e, desde o ano passado, em Salvador. A ideia é aproveitar compostos químicos que atuam como contaminantes do ar, a partir da instalação das membranas em fontes de poluição.
Sobre a Cetrel - A Cetrel começou a operar em 1978, juntamente com as demais indústrias do Polo, sendo responsável, desde então, pelo tratamento e disposição final dos efluentes e resíduos industriais, bem como pelo monitoramento ambiental do complexo industrial e de toda a sua área de influência. Nasceu como estatal, mas aos poucos as empresas foram adquirindo participações. Hoje o Estado da Bahia detém 23%, a Braskem 54% e o restante é dividido entre outras empresas do complexo industrial.

Fonte: CETREL 

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