"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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sábado, 19 de junho de 2010

Obama compara desafio da energia limpa com esforços tecnológicos da II Guerra e conquista da Lua

Em seu primeiro pronunciamento à nação em cadeia nacional, o presidente estadounidense, Barack Obama, fez um apelo pela transição para uma economia limpa baseada em regulamentações ambientais mais restritivas para a exploração de petróleo e um esforço nacional de desenvolvimento tecnológico e industrial para criar uma indústria energética baseada em eficiência, energias renováveis, como a solar e eólica.
"Alguns dizem que não temos os recursos [financeiros] para fazer isso agora,", avaliou o presidente no discurso de 18 minutos na noite do dia 15 de junho, dizendo que estratégias têm que ser estudadas. "Mas a única resposta que eu não vou aceitar é que o desafio é muito grande e muito difícil. Vocês sabem, disseram a mesma coisa sobre a nossa capacidade de produzir aviões e tanques em número suficientes [para equipar o exército] durante a Segunda Guerra Mundial. E a mesma coisa foi dita sobre nossa capacidade de mobilizar a ciência e tecnologia para levar o homem com segurança à Lua."
Não é a primeira vez que Obama falou sobre a oportunidade política de transicionar para uma economia baseada em energia mais limpa que, segundo ele, vai aumentar a segurança energética dos Estados Unidos e criar milhões de empregos. De fato, o pronunciamento vem no meio de críticas sobre a falta de ação e demora em conter o vazamento de um poço de petróleo nas águas profundas do Golfo do México e no meio de uma batalha política para aprovar no congresso legislações para limitar emissões e financiar novas tecnologias.
Sem dar detalhes e fazendo uso de uma retórica de guerra – um artigo do New York Times fez uma comparação aos pronunciamento feito da Oval Office de seus antecessores em momentos de guerra – Obama mencionou que não só o país paga cerca de US$1 bilhão (R$1,8 bilhão) diariamente para importar milhões de barris de petróleo, mas também está exportando empregos verdes para países como a China que está investindo pesado para montar uma indústria de tecnologia limpa.
Ele apontou os culpados e ligou-os diretamente com o desastre ecológico no Golfo do México.
"Durante décadas sabíamos que os dias de petróleo barato e acessível estavam contados. Durante décadas falamos de como a América deveria acabar com o seu vício em combustíveis fósseis de um século", disse. "E muitas vezes este caminho [para uma menor dependência em petróleo] foi bloqueado – não só pelos lobistas da indústria de petróleo, mas também pela nossa falta de coragem e fraqueza."
No discurso, Obama reafirmou a suspensão de exploração em águas profundos no Golfo, a troca de comando nas agências reguladoras, leis mais duras e prometeu cobrar duramente a BP para injetar dinheiro em um fundo para limpar o bioma do litoral afetado, compensar as perdas e financiar a recuperação econômica da região.
O discurso vem depois de sondagens de opinião pública do instituto Gallup de que 49% consideram a BP responsável pelos esforços de limpara a região, enquanto 45% dizem que o governo federal deveria liderar estes esforços. Além disso, uma sondagem anterior pela mesma empresa, mostrou que a tendência dos americanos considerarem a segurança energética mais importante que a proteção ambiental foi revertida após o desastre. Segundo o levantamento feito no final de maio, 55% disseram que proteção ambiental era prioridade enquanto 39% disseram que segurança energética era prioridade, isso se compara com 43% e 50% respectivamente no levantamento anterior feito em março 2010.
O pronunciamento foi feito depois de quatro visitas aos estados do sul do país afetados pelo vazamento. Sobre todas as ações necessárias, Obama concluiu.
"A tragédia que se desenvolve no nosso litoral é, ate agora, a lembrança mais dolorosa e poderosa de que a hora de embarcar num futuro de energias limpas é agora. Agora é o momento para esta geração abordar na missão nacional de soltar o poderio de inovação da América e tomar o controle de nosso destino."

Por: Alexandre Spatuzza
Fonte:http://www.revistasustentabilidade.com.br

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