"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

domingo, 13 de junho de 2010

Falta de coleta seletiva abre espaço para importação de lixo

A falta de políticas de coleta seletiva eficientes reduz a disponibilidade de matéria-prima para a reciclagem e abre espaço para a importação ilegal de resíduos, sob os rótulos de polímeros de etileno para reciclagem ou resíduos plásticos, como aconteceu recentemente, informou em nota à imprensa, o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida).

 Apesar de cerca de 64% dos mais de 5 mil municípios brasileiros informarem que têm implantadas políticas de coleta seletiva, o índice de reciclagem geral é baixo e a quantidade de lixo destinado aos aterros e lixões aumenta ano após ano, demonstrando a ineficiência destes sistemas, que dependem dos quase 1 milhão de catadores de ruas - pouco organizados, que vivem à beira da miséria e sem segurança social.
A cidade de São Paulo, por exemplo, recicla cerca de 1% das 15 mil toneladas de resíduos urbanos, gerados diariamente. Dados coletados pelo Instituto Pólis mostram, no entanto, que mesmo na informalidade, os catadores aumentam este índice para cerca de 20%. Além disso, a cidade não dispõe mais de locais adequados para destinar corretamente o lixo, pois os aterros da cidade estão cheios.
Mas, estes catadores, por não terem capacitação técnica, coletam e separam apenas os materiais que conhecem e que dão mais retorno financeiro, sendo assim, o índice de reciclagem de polietileno, objeto de contecioso com o Ibama, gira em torno de 20% e, de PVC e material orgânico, em cerca de 2%, segundo dados de 2007 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe).
Contudo, a reciclagem de alumínio, PET, vidro e papel gira em torno de 98%, 51%, 45% e 45%, respectivamente, segundo a Abrelpe. A mesma fonte informa ainda que o Brasil produz cerca de 170 mil toneladas de lixo diárias, acumulando mais de 61 milhões de toneladas por ano, e coleta cerca de 83% do total, mas em apenas 40% do municípios.
Este é um mercado estimado em mais de R$6 bilhões por ano, ou seja, um custo de cerca de R$100 por tonelada em uma indústria que contrata mais de 250 mil pessoas.

Por: Fernanda Dalla Costa

Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br/

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