"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Por que os consumidores brasileiros em geral deixam de comprar produtos que agridem menos o meio ambiente, mesmo quando sao mais baratos do que os normais?

A Revista Época traz uma interessante reportagem sobre o aparente descaso dos consumidores em geral para os produtos que agridem menos o meio ambiente, mesmo quando são mais baratos do que os congêneres normais. Um dos exemplos citados é o do amaciante Comfort concentrado, da Unilever, que tem um quarto do tamanho do convencional e custa 20% menos. O produto economiza 79% de água, 58% de plástico na embalagem e 67% dos caminhões no transporte. Apesar disso, segundo a reportagem, de cada 10 amaciantes Comfort vendidos no Walmart, apenas quatro são concentrados.
Há outros exemplos citados, como papéis higiênicos, sabão em pó e até telefones feitos com materiais reciclados. Todos com custo igual ou menor que os originais e, apesar disso, vendendo menos do que se poderia esperar. Algumas explicações experimentadas apontam para hábitos de compra dos consumidores ou desinformação pura e simples.
Mas a reportagem aponta fortemente também para uma certa incapacidade das empresas de comunicarem corretamente seus esforços na direção de processos e práticas mais sustentáveis. Ou porque deixariam de comunicar ações positivas por medo de ser cobradas em outras áreas; ou porque dariam ênfase a iniciativas de pouca importância para os consumidores, apresentando-as como se fossem “cruciais” para a humanidade. No fogo cruzado comunicativo, os consumidores ficariam perdidos.
Um exemplo extremo desta disfunção cognitiva foi o de uma pesquisa encomendada pela revista New Scientist, que apontou para a lacuna existente entre a imagem e os fatos no que se refere à sustentabilidade dos produtos. Um exemplo citado pela revista foi o da rede de supermercados Whole Foods Market que, apesar de estar entre as piores colocadas com relação ao impacto ambiental, é a primeira em boa reputação junto aos consumidores pesquisados. Por outro lado, a Coca-Cola tem o segundo menor custo ambiental entre os fabricantes de alimentos e bebidas da amostra, mas não é reconhecida por isso. Se a pesquisa fosse feita no Brasil provavelmente encontraria os mesmos resultados, ou até mais extremos.
Mas afinal, qual é a explicação: problema de comunicação das empresas, hábitos de consumo que não mudam, desinformação pura e simples? Um desafio para nós, profissionais envolvidos com sustentabilidade. Afinal, um dos estímulos importantes para as empresas investirem em processos e produtos sustentáveis é justamente o reconhecimento dos consumidores, resultando no aumento da reputação e/ou na preferência no momento de compra.
De quantas maneiras inovadoras e efetivas podemos comunicar a sustentabilidade para os consumidores?

Por: Renato de Paiva Guimarães

Fonte: http://www.linkedin.com/groupAnswers?viewQuestionAndAnswers=&discussionID=17498205&gid=148258&trk=EML_anet_qa_ttle-dnhOon0JumNFomgJt7dBpSBA

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