"A logística reversa é processo de planejamento, implementação e controle do fluxo dos resíduos de pós-consumo e pós-venda e seu fluxo de informação do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado. Desta forma, contribuindo para a consolidação do conceito de sustentabilidade no ambiente empresarial, apoiada nos conceitos de desenvolvimento ambiental, social e econômico. " (Patricia Guarnieri)



Crédito da imagem: jscreationzs / FreeDigitalPhotos.net

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Slow Fashion Movement: quando desacelerar faz mais sentido!

                            


CONVITE - 5o. Encontro aberto do Gealogs 2022 

 Palestra: Slow Fashion Movement: quando desacelerar faz mais sentido! 
Palestrante: Pedro Patrique Ferreira. 
Quando? 27/06 (segunda-feira), das 10h às 11h30. 
Onde: Sympla (online)  
Inscrições gratuitas no link: CLIQUE AQUI 

Serão emitidas declarações de participação para quem se inscrever e permanecer online no evento durante, no mínimo, 75% do tempo do evento.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Quer saber mais sobre como a logística reversa se relaciona com a fidelização de consumidores de produtos de beleza?

 O setor de produtos de higiene e beleza posiciona o Brasil como quarto maior consumidor mundial, com um faturamento de R$ 102 milhões de reais em 2017 (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos [ABIHPEC], 2018). 


Crédito: Image by simisi1 from Pixabay


Em consequência desse fato, pressões legais e de ambientalistas, emergiram com o intuito de criar meios sustentáveis para a produção de embalagens, coleta seletiva e redução do volume de resíduos (Oliveira & Almeida, 2013).  O descarte de embalagens de produtos é um tema preocupante, devido ao  crescimento da consciência ecológica nos últimos anos e também devido às demandas que surgiram com a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. A PNRS determina a obrigatoriedade da logística reversa de embalagens em geral, sendo a responsabilidade compartilhada em toda a cadeia (fabricantes, varejistas, atacadistas, consumidores, entre outros). Nota-se que algumas empresas de produtos de beleza começam a oferecer políticas de devolução de embalagens aos seus clientes, atrelados a benefícios ou não. 

Recentemente, as pesquisadoras da UnB - Universidade de Brasília Thais Testoni, Patricia Guarnieri e Amanda Filippi, analisaram a existência da preferência e fidelização de consumidores de produtos de beleza, por meio da logística reversa de embalagens pós-consumo. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de questionário adaptado de Moreira & Guarnieri (2016) a uma amostra não probabilística, por acessibilidade, cujo retorno foi de 416 respondentes.

Os resultados demonstraram o pouco conhecimento dos respondentes sobre os conceitos de Logística Reversa e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao mesmo tempo que não há uma consciência ambiental. Contrapondo-se a este fator, os clientes ainda assim buscam por empresas que se preocupam com a destinação das embalagens utilizadas, bem como empresas que recolhem tais embalagens e realizam ações de suporte para o descarte apropriado. Como fidelização, os respondentes afirmaram buscar por empresas que ofereçam benefícios aos clientes para comprarem novamente, ou seja, aliado à logística reversa verifica-se a necessidade de um benefício financeiro, como descontos ou troca por produtos, por exemplo.

Para acessar o artigo completo gratuitamente CLIQUE AQUI


Por: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade

Se interessa por moda circular/sustentável?

O setor de moda é um dos setores que mais impactam ambientalmente e socialmente. Dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT) mostram que, no Brasil, a indústria da moda gera 175 mil toneladas de resíduos têxteis por ano. Em 2020, 178 mulheres foram resgatadas de oficinas em São Paulo exercendo trabalho escravo. Há uma grande concentração de imigrantes e refugiados, principalmente latino-americanas nesta etapa da produção (Camargo - Estadão, 2021). 

Se interessa pelo tema? Então responda essa pesquisa da Cindy Tsui que é aluna do curso de Administração da Universidade de Brasília e integrante do Gealogs/UnB, e está sendo orientada pela Profa. Patricia Guarnieri. Ao participar você pode concorrer a um vale livro de R$50 (para escolher o livro de sua preferência) e também a um e-book sobre Logística Reversa. 

Se interessou pelo tema? ajude a Cindy a formar e contribua para a ciência! 

Para participar da pesquisa CLIQUE AQUI


 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Economia circular e consumo sustentável no Congresso Cidades Lixo Zero/Zero Waste Cities

Tivemos o prazer de participar do Congresso Cidades Lixo Zero/Zero Waste Cities, realizado de 22 a 24 de junho, no Museu da República de Brasília, DF. Na nossa Sala discutimos sobre o tema "Economia Circular e Consumo Sustentável". Os integrantes da mesa redonda foram: Solange Alfinito (Conscient e Gealogs da Universidade de Brasília), Patricia Guarnieri e Jorge Alfredo Cerqueira Streit (Gealogs/UnB).

A discussão foi muito rica apesar do tempo escasso e quem tiver interesse pode acessar gratuitamente no YouTube CLIQUE AQUI

 

 

 


O que é #EconomiaCircular? O que tem a ver com #Sustentabilidade? a Profa. Patricia Guarnieri do Gealogs participa da Live do Egea

 O que é #EconomiaCircular? O que tem a ver com #Sustentabilidade? Por que isso importa?

Conheça a Professora Patricia Guarnieri, nossa entrevistada da semana na #LIVEdoEgea
Patrícia é Profa. adjunta do curso de Administração da Universidade de Brasília (UnB); Profa. e Orientadora no Programa de Pós-Graduação em Agronegócio e do Programa de Pós-Graduação em Administração (UnB) e do curso de Bacharelado em Administração (UnB) e Doutora em Eng. de Produção pela UFPE com estágio Pós-Doutoral em Economia Circular na Università di Bologna, Itália. Sua experiência abrange as áreas de Logística de Suprimentos, Logística Reversa, Gestão de Parcerias e Relacionamentos Colaborativos no SCM, Economia Circular e Análise de Decisões. É também autora do livro "Logística Reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental". 

A [LIVE do Egéa] é uma iniciativa da SerTotal , entrevistando semanalmente profissionais ideias inspiradoras sobre gestão de pessoas, crescimento pessoal, gestão e carreira. 
Curta nossa página no Facebook#sertotalconsultoria #ESG

A live pode ser acessada no YouTube: CLIQUE AQUI


Se interessa pelo tema de coleta de resíduos eletroeletrônicos - REEE? Então confira nosso mais recente artigo!

A logística reversa de resíduos eletroeletrônicos (REEE) passou a ser obrigatória após a sanção da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010. Assim, de acordo com o princípio da responsabilidade compartilhada, também previsto na mesma lei, a cadeia de suprimentos de EEE - Equipamentos Eletro-eletrônicos necessitou se organizar para implementar sistemas de coleta de resíduos, a fim de possibilitar seu retorno e revalorização. De acordo com a lei,  fabricantes, importadores, varejistas, atacadistas e consumidores finais são responsáveis pela gestão dos REEE. 

O Acordo Setorial para implantação de Sistema de Logística Reversa de Produtos Eletroeletrônicos e seus Componentes foi assinado no dia 31/10/2019 e teve seu extrato publicado no D.O.U de 19/11/2019.A s entidades gestoras da logística reversa no Brasil são a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos - Abree e a Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional – Green Eletron (SINIR, 2021).

Crédito da imagem: Green Eletron (2019).


Para saber onde descartar REEE:

(Green Eletron) CLIQUE AQUI

(Abree) CLIQUE AQUI

Os autores Ciro Fernandes, Lucio C. Silva, Patricia Guarnieri e Bárbara Vieira acabam de publicar um artigo sobre sistemas de coleta de REEE, nesse artigo foi proposto um modelo de decisão considerando alguns aspectos e fases que auxiliam na coleta de informações para a tomada de decisão para subsidiar decisões políticas. O modelo é baseado em um método multicritério de apoio à decisão, chamado 'FITradeoff'.

Caso tenha interesse em ler o artigo, o acesso é open-access (gratuito) CLIQUE AQUI


Aproveite e participe da nossa pesquisa sobre REEE da linha azul: CLIQUE AQUI


Por: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Transição de uma economia linear para uma economia circular: um caminho possível?

Muito tem sido discutido, principalmente nos últimos anos, sobre a transição de uma economia linear para uma economia circular. 

Mas o que é efetivamente necessário para que isso aconteça? 

O que podemos fazer para acelerar essa transição? 

Uma coisa é evidente, esse movimento de transição em direção à economia circular exigirá mudanças de comportamento, mudanças na cultura organizacional, mudanças nos modelos de negócios. Essas mudanças envolvem todos os atores que fazem parte do contexto, como indústrias, comerciantes, consumidores/cidadãos/usuários, governos, legisladores, entre outros de vários segmentos e nos âmbitos público e privado. 

Para esta transição é necessário fazer esforços em nível macro (cidades, províncias, regiões ou países), nível meso (simbiose industrial, eco-parques industriais) e, nível micro (organizações, produtos, consumidores). Em relação ao nível macro, envolve mudanças de política em nível nacional, regional e municipal.

Mas e o que é a tão falada economia circular e qual a diferença para o atual sistema de produção e consumo linear?


A economia circular prevê que produtos e materiais sejam mantidos em circulação pelo maior tempo possível; também prevê o aumento do uso de resíduos no mesmo ou em outros processos produtivos e/ou de negócios, a redução no uso de recursos brutos ou primários (energia, água, matérias-primas); e quando um produto chega ao fim de sua vida, prevê que ele seja reutilizado ou reaproveitado para criar mais valor na economia com menor extração de recursos naturais. É um sistema do berço ao berço, fazendo o resíduo virar alimento para outro produto ou processo. Já na economia circular o sistema é do berço ao túmulo, se extraem recursos, que são tranformados e depois descartados, sem considerar a sua finitude e os impactos gerados. 

Sem dúvida, um dos principais nomes quando se fala em Economia Circular é a Ellen MacArthur Foundation (EMF), que é uma das principais lobistas em favor dessa transição, principalmente no contexto europeu. Nesse sentido, a EMF gera muito conteúdo e fomenta diversas ações para essa transição. A figura abaixo nos mostra que há basicamente dois fluxos que devem ser pensados para a economia circular, os ciclos biológicos e os ciclos técnicos. 


É possível perceber que os ciclos biológicos abrangem a produção primária na agricultura, na pecuária, na mineração e em outros segmentos. Essa produção primária, por sua vez, gera resíduos líquidos, sólidos, gasosos que podem ser reaproveitados em outros processos. Como por exemplo, os detritos gerados com a produção de suínos, bovinos e aves que pode ser utilizada para a produção de biogás, ou adubos. Os resíduos de casca de arroz que são usados na produção de cimento e também cosméticos, entre outros. 
E os ciclos técnicos são aquelas atividades envolvidas para possibilitar a revalorização dos resíduos a fim de que sejam transformados em matérias-primas novamente e inseridos em ciclos produtivos e negócios, como é o caso da logística reversa,  reciclagem, recondicionamento, remanufatura, compostagem, reúso, redistribuição. Essas atividades iniciam a partir do momento em que os resíduos são gerados. 
Ou seja a LOGÍSTICA REVERSA é sim necessária em uma economia circular, visto que os resíduos gerados ao fim de processos produtivos e de negócios e os em posse do consumidor, precisam ser reintroduzidos novamente como matérias primas, é justamente ela a responsável por coletar esses resíduos, triar, estocar, armazenar, transportar e destinar para a alternativa mais adequada (reúso, recondicionamento, remanufatura, reciclagem, compostagem, destinação final, entre outras). 

Resíduos? mas a economia circular não prevê resíduo zero??? 

Vamos esclarecer os conceitos: 
RESÍDUOS são aqueles materiais, bens ou sobras do processo produtivo que não têm mais utilidade para o primeiro usuário, mas podem sim ser reutilizados, reciclados, recondicionados e revalorizados...

Não são, definitivamente, lixo!


Fonte: Pixabay (atribuição não requerida)

REJEITOS são aqueles materiais que não possuem mais possibilidades de revalorização, e esses sim, são tidos como lixo, e devem ser descartados em aterros sanitários ou até incinerados. 

A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei 12;305/10) também deixa clara essa diferença!
Assim, a conclusão é: A economia circular prevê sim a redução e eliminação de REJEITOS, por meio de um design mais eficiente e sustentável. O RESÍDUO, por outro lado, é visto como alimento para um novo produto, ou para um novo processo. Entenderam?

Mas então, por que ainda não estamos mais avançados nessa transição para a economia circular?

Simplesmente porque, além de ser um movimento que requer mudanças como já citamos previamente, encontramos algumas barreiras (obstáculos) pelo caminho. 
Essas barreiras podem ser:
Culturais, Financeiras/Econômicas, Legais/Regulatórias, Técnicas, Tecnológicas, Conhecimento, entre outras. 
Dessa forma, é importante entender o contexto e essas barreiras para que possamos potencializar os impactos positivos em termos econômicos, ambientais e sociais. 

Quer saber mais sobre esse tema?

Assista a conversa com a participação da Profa. Patricia Guarnieri (UnB), Prof. Jorge Alfredo Cerqueira Streig (UnB) e Prof. Juvancir da Silva (UEPG) que foi realizada em 21-10 no Congresso ADM 2020. O vídeo está disponível no Youtube, para acessar CLIQUE AQUI.


 
Por: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Lançamento do Reciclotech com 120 pontos de descarte para a logística reversa de eletrônicos no Distrito Federal

Neste 14/10 - Dia Internacional do Lixo Eletrônico, o GDF lançou oficialmente o Reciclotech, programa pioneiro no Brasil que prevê logística reversa e recondicionamento de materiais, com polos de economia circular e formação especializada de jovens. População do DF terá 120 pontos de descarte de equipamentos, em administrações regionais, estações do metrô e parques ecológicos. 🖥️ ♻️ 

                                                                          Fonte de imagem: FAP/DF

Com um investimento de R$ 3,2 milhões feito por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) do Governo do Distrito Federal (GDF), o principal objetivo é promover a inclusão digital a partir de doação de computadores readequados para uso. De resultado, o DF já conseguiu dobrar o número de pontos de entrega voluntária (PEVs). (Com informações da Agência Brasília).

Nesta semana, a população do DF já terá 120 endereços de descarte consciente de equipamentos espalhados pelo DF: 84 já têm endereço e os demais serão instalados até o fim da semana. Eles estão em administrações regionais, estações do metrô e parques ecológicos, por exemplo. O objetivo é promover a conscientização do descarte correto de lixo eletrônico. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), isso vai bater a meta estipulada pelo Acordo Setorial de Eletroeletrônicos do governo federal, que é de um a cada grupo de 25 mil habitantes.

O Reciclotech foi idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e é gerido pela Programando o Futuro, Organização da Sociedade Civil (OSC) com mais de 20 anos de experiência no ramo. A entidade foi selecionada e habilitada a partir de processo de chamamento público junto à Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Foi na sede da entidade, no Gama, a cerimônia de lançamento do programa.

“É um grande projeto de inclusão social e vamos contar com a participação da sociedade, para que todos doem equipamentos que serão reciclados e colocados na mão de quem mais precisa. Precisamos fazer com que as oportunidades e a internet de qualidade cheguem para todos”, discursou o governador Ibaneis Rocha. Destacando o potencial de vanguarda do DF, o chefe do Executivo valorizou a modernidade da reciclagem dos resíduos eletrônicos.

A expectativa é que mil toneladas de lixo eletrônico sejam coletadas por ano, com potencial para criação de 100 laboratórios de informática a partir do alcance de cinco mil equipamentos doados. Na vertente da capacitação, o plano é que, anualmente, mil jovens a partir de 14 anos passem por cursos de informática básica, manutenção de computadores, redes e robótica. Para o titular da Secti, este é um passo em direção ao futuro. “É uma revolução tecnológica na capital da República. Preparar os jovens para o mundo da tecnologia tem sido uma prioridade. Vamos facilitar o acesso e a capacitação de pessoas de baixa renda nas tecnologias da informação e comunicação, com cursos e oportunidades de primeiro emprego, democratizando a tecnologia”, disse Gilvan Maximo.

Inclusão e desenvolvimento social

O Coordenador do Programando o Futuro, Vilmar Simion, celebrou: “este é um dia que vai ficar para a história!”. “Trabalhamos por um país com mais inclusão social. Com a pandemia, a internet passa a ser ainda mais fundamental daqui para frente. Temos aqui o maior centro de recondicionamento de computadores do Brasil”, observou. Segundo as autoridades, a previsão é que o projeto seja ampliado a outras regiões administrativas.

O diretor-presidente da FAPDF também acredita no potencial do programa para promover a inclusão social e digital no DF e ratifuca a importância do investimento público em ações que busquem retorno efetivo à população. “É com enorme satisfação que a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal apoia iniciativas como o Reciclotech, reforçando a sua missão institucional de investir recursos em ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento de soluções efetivas para as principais demandas do Distrito Federal. Esse programa irá promover inclusão digital e social em Brasília, além de realizar a gestão inteligente de resíduos eletrônicos, proporcionando o descarte adequado desses equipamentos. Com o Reciclotech será possível proporcionar o acesso à tecnologia às famílias brasilienses de baixa renda, gerando conhecimento e refletindo em oportunidades de inclusão no mercado de trabalho e geração de renda”, destaca Marco Antônio Costa Júnior.

🔗 Confira como foi o lançamento e saiba mais sobre o programa: CLIQUE AQUI

Inovação e tecnologia também são assunto de desenvolvimento social, lembrou a titular da pasta, Mayara Noronha Rocha. “Aqui estamos incentivando, investindo na sustentabilidade, que é uma exigência mundial, e ensinando um novo pescar. É mais uma esperança para a população. É momento de se reinventar, renovar e acreditar em potencialidades”, observou.

                                                                         Fonte de imagem: FAP/DF
O evento contou com a presença do vice-governador, Paco Britto, dos secretários de Governo, José Humberto Pires, de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Manoel Gervásio, além da administradora regional do Gama, Joseane Feitosa, do direror-presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, e da reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abraão.

Também participaram a secretária Nacional de Juventude, Emilly Coelho, o assessor da Secretaria-Executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alexandre Villain, os deputados Federal, Júlio César, e distrital Marins Machado.

Fonte: FAP/DF

Adidas lança tênis circular e avança na transição para a sustentabilidade

O tênis Adidas Ultra BOOST DNA LOOP, criado a partir de um único material e sem cola para que ao final de seu uso possa ser devolvido à Adidas, decomposto e reutilizado para criar novos tênis de corrida de desempenho, logo estará nos pés dos consumidores como parte de um lançamento encenado.
 
                                                                                                     Fonte da imagem: Adidas

Em abril de 2019, 200 criadores de todo o mundo estiveram envolvidos no primeiro julgamento fechado do processo, recebendo os tênis de corrida Gen 1 UltraBOOST DNA LOOP, usando-os e devolvendo-os à Adidas para renascer, além de fornecer feedback valioso sobre o design e processo. 

Em novembro de 2019, os primeiros tênis de corrida Gen 2 UltraBOOST DNA LOOP foram produzidos e incluíram TPU reciclado dos pares Gen 1. Novamente, os 200 criadores foram solicitados a colocar o tênis em ação para fornecer feedback que ajudaria a preparar a Adidas para levar o conceito revolucionário a um público mais amplo. 

Tendo aprendido com essas duas experiências iniciais fechadas, a adidas está agora disponibilizando os sapatos ao público pela primeira vez durante o festival digital Creators Club Week em outubro. Apresentados ao mundo em um filme com Karlie Kloss, 1.500 membros do Creators Club serão convidados a participar de um teste beta de uma experiência digital especialmente projetada por meio do aplicativo da Adidas que será a pedra angular do lançamento comercial completo do 'Feito para franquia be Remade 'em 2021. 


Os 1.500 membros receberão os tênis gratuitamente da Adidas e se tornarão parte de uma microcomunidade de sustentabilidade que irá co-criar com a Adidas em uma verdadeira moda de código aberto para modelar ainda mais e ajustar a experiência. O programa de 21 semanas será conduzido pelo aplicativo da Adidas com as ações e feedback das comunidades ajudando a preparar o modelo de engajamento para o futuro. Ao se inscreverem no sorteio, eles se comprometem a devolver os sapatos para serem lixados, desfiados e transformados em algo novo.

Fonte: Tradução livre do site Biomarket Insights
Autor:  Luke Upton

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

É possível ficar na moda e ser sustentável?

Muito se fala no contexto de sustentabilidade em reduzir o consumo e comprar produtos ambientalmente e socialmente mais corretos. Mas o que exatamente isso significa? E ainda mais, como isso funcionaria em setores em que a obsolescência dos produtos ocorre a cada estação? 

Esse é o caso da indústria da moda, ou indústria fashion!



Quando falamos em indústria da moda ou fashion nos referimos às indústrias têxteis, de vestuário e também de calçados e acessórios, além de todos os canais que fazem com que esses produtos de moda, primeiramente sejam "desejados" pelo consumidor e depois "distribuídos", para que efetivamente possam ser "comprados". Nesse contexto, frequentemente esquecemos de discutir como eles são "descartados" e também,  em que condições eles são "produzidos". 




Quando pensamos em todos os processos que são necessários para levar as roupas, calçados e acessórios até os consumidores, temos que considerar desde a matéria-prima que é utilizada, ou seja, algodão, seda, couro, metais, plástico, entre outros. E nesse sentido, temos que falar de ECONOMIA CIRCULAR, que é um modelo alternativo à atual ECONOMIA LINEAR. 

No conceito de economia linear, as matérias-primas são extraídas do meio ambiente, sem pensar muito na sua escassez futura e nos impactos ambientais da sua extração, depois são enviadas para a indústria, manufaturadas, distribuídas, entregues ao consumidor e descartadas. Esse tipo de modelo de negócios é conhecido como do BERÇO ao TÚMULO (cradle to grave). O berço sendo o meio ambiente e o túmulo sendo os aterros sanitários. 

No caso da ECONOMIA CIRCULAR, que é uma alternativa sustentável ao modelo linear tradicional, se pensa na utilização dos recursos do BERÇO ao BERÇO (cradle to cradle), em um ciclo infinito. Idealmente sem resíduos, ou reduzindo ao máximo os rejeitos, já que resíduo ZERO é quase impossível considerando o contexto atual. Dessa forma, se prioriza usar tudo aquilo que sobra ao final dos processos produtivos e de negócios como matéria-prima nos mesmos ou em outros processos industriais e de negócios.
Nesse conceito devemos pensar na sustentabilidade desde o design do produto, planejando seu design para facilitar a desmontagem ou reciclagem, na extração sustentável das matérias-primas e a eventual substituição de alguns insumos por outros que causam menos impacto, por exemplo, no caso da energia, a energia renovável causa menos impacto do que a energia não renovável. 👍

Mas não para por aí... 😑

Temos que pensar também em desenvolver os fornecedores locais, os de pequeno porte, os da comunidade, e também aqueles que têm práticas mais sustentáveis para inserí-los nesse processo. É necessário também saber se os trabalhadores são respeitados, se tem as condições adequadas de trabalho, se recebem uma remuneração justa, se têm qualidade de vida, se seus direitos humanos básicos são respeitados. Vamos ainda além, e quanto aos processos industriais? será que eles são pensados para reduzir as emissões de poluentes, sejam estes gasosos, sólidos ou líquidos? E a distribuição? será que é feita em menores distâncias? Utilizando veículos que usam combustíveis renováveis ou com controle de emissões de poluentes? 

E a fase do consumo? Aí entra um ator importantíssimo! Você, consumidor!


Será que você tem comprado somente por impulso? Será que realmente necessita daquele produto? Será que  esse produto que você está escolhendo tem uma vida útil mais longa ou será descartado em seguida ao primeiro, ou poucos usos? E quando você não deseja mais essa roupa, calçado ou acessório, o que faz com estes itens? Será que esses itens podem ser doados, reutilizados, reciclados? 


Podemos ainda pensar: Será que eu preciso deter a propriedade do produto de moda, seja uma roupa, calçado ou acessório? Será que eu não poderia apenas emprestá-lo ou ainda alugá-lo? Nesse caso estamos falando da economia compartilhada. ;-)
E enfim... existem canais de logística reversa para levar esse resíduo dos produtos de vestuário, calçados e acessórios a uma destinação adequada, ou ainda melhor, revalorizá-los, para que eles sejam reinseridos no sistema como matéria-prima novamente? 
No conceito de ECONOMIA CIRCULAR, o resíduo é visto como alimento para novos processos ou produtos. E quando falamos de resíduos, devemos pensar em resíduos gasosos, líquidos e sólidos! Ou seja, há uma infinidade de tipos de resíduos e opções de redução de consumo e geração, e também de revalorização!

Você quer saber se é possível ficar na moda e ao mesmo tempo ser sustentável? 
Então esse episódio do podcast Eu quero saber! é para você! A profa. Eluiza Watanabe entrevistou a profa. Patricia Guarnieri e a aluna Maísa Farias, do curso de Administração da UnB. Se você quer saber mais sobre o que é envolvido no termo “sustentabilidade”, como incluir a sustentabilidade na moda, tanto em nível de consumo como de produção e, conhecer exemplos de iniciativas de moda sustentável, vem com a gente! Deixamos também alguns links para quem quiser saber mais sobre o assunto! Para acessar o episódio CLIQUE AQUI



Link para um artigo científico que trata sobre o tema: CLIQUE AQUI

Link para o Grupo de Pesquisa GEALOGS, liderado pela profa. Patricia Guarnieri: CLIQUE AQUI

Sites e aplicativos de consumo sustentável:


Autoria: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade
Fonte das imagens: Pixabay (atribuição não requerida). 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

E hoje é dia das crianças! Vamos brincar ao ar livre?

A natureza é um direito de todas as infâncias!
Toda criança tem direito a uma vida saudável, em contato direto com a natureza, na qual ela possa brincar livremente e desfrutar de ambientes protegidos.
Todos os dias temos que defender, garantir e promover esse direito e todos os outros!
Feliz Dia das Crianças, com muita brincadeira ao ar livre!
#criançaenatureza #doladodefora #infânciasurbanas #direitoanatureza #minhaconexãocomanatureza


#Repost  Programa Criança e Natureza
Fonte imagem e texto: https://www.facebook.com/programacriancaenatureza

Qual a melhor alternativa de logística reversa de resíduos eletroeletrônicos, considerando as dimensões ambiental, social, econômica e técnica?

Considerando o aumento exponencial do lixo eletrônico em escala global, algumas legislações e planos para implementar a logística reversa surgiram em alguns países. O lixo eletrônico abrange os produtos do descarte de equipamentos elétricos e eletrônicos, e peças que perderam o valor para os seus proprietários, pois atingiram o fim da sua vida útil ou cujo uso foi descontinuado. Dispositivos eletrônicos são configurados como equipamentos cujo funcionamento depende de correntes elétricas ou campos eletromagnéticos, bem como o equipamento para a geração, transmissão, transformação e medição dessas correntes e campos, podendo ser de uso doméstico ou industrial. 

Muitas partes dos equipamentos eletrônicos são compostas por metais pesados como cromo, chumbo, mas também possuem metais valiosos como ouro, prata e cobre. Esses materiais quando descartados inadequadamente podem poluir solo, rios, prejudicando a saúde humana e demais seres vivos, e causando um impacto ambiental negativo.


Por outro lado, caso a logística reversa seja realizada de modo a coletar os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e encaminhá-los para o recondicionamento, desmontagem e/ou reciclagem esses resíduos podem ser revalorizados. Embora a logística reversa já esteja bem consolidada nos países desenvolvidos, ela ainda é incipiente nos países em desenvolvimento. No Brasil o acordo setorial para a logística reversa de resíduos eletroeletrônicos foi assinado em 2019 e ações já foram iniciadas pela Green Eletron, que é a gestora desses resíduos. 

Em um artigo publicado por pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas Avançadas em Logística e Supply Chain Management (GEALOGS) da Universidade de Brasília,  os autores propõe um modelo teórico para avaliar a logística reversa, baseado em uma perspectiva multicritério de auxílio à decisão, que considera múltiplos critérios, normalmente com objetivos conflitantes, devido aos diferentes pontos de vista das partes interessadas (stakeholders) envolvidos no contexto de decisão.

Esse modelo foi proposto considerando um contexto em que a implantação da logística reversa do lixo eletrônico está no início, como é o caso do Brasil. Considerando as dimensões ambientais, econômicas, sociais e técnicas que influenciam essa decisão, os decisores podem ter dificuldades para decidir qual é a melhor alternativa para a logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos, tais quais:

- Coleta porta a porta por caminhão; 
- Coleta porta a porta pelos catadores; 
- Entrega em pontos de coleta em lojas de equipamentos eletro-eletrônicos;
- Entrega em estações de metrô; 
- Entrega em pontos de entrega voluntários; 
- Reforma dos equipamentos usados por programa social (ex. ONGS); 
- Desmontagem informal; 
- Reciclagem informal; 
- Reciclagem adequada regionalmente; 
- Desmontado por empresa de reciclagem especializada.

A fim de compreender o problema de decisão relacionado aos resíduos eletroeletrônicos (e-waste), levantar as principais alternativas de revalorização, os múltiplos critérios e métodos usados para a tomada de decisão, os autores realizaram uma revisão sistemática da literatura. Em seguida, propuseram o modelo e ilustraram o uso com um exemplo numérico. 
Esse modelo abrange a análise dos critérios para a escolha da (s) melhor (es) alternativa (s) da logística reversa de resíduos eletroeletrônicos com base nas dimensões ambiental, social, econômica e técnica. 


Este artigo contribui com o atual corpo de pesquisa e tem como objetivo auxiliar os profissionais da área de logística reversa, sistematizando o conhecimento relacionado ao tema e oferecendo um modelo que possa orientar a tomada de decisão. Este modelo diferencia-se de outros já publicados por utilizar o método de composição probabilística de preferências (PCP), que não requer atribuição de pesos aos critérios, o que normalmente é uma das etapas mais questionadas por pesquisadores. 
O modelo também pode ser usado futuramente, considerando as preferências de vários tomadores de decisão, cobrindo, portanto, vários pontos de vista e fornecendo uma visão mais holística do problema de decisão.

Esse tema foi tratado em um artigo recentemente publicado pelos pesquisadores do GEALOGS: Patricia Guarnieri, Lucio Camara Silva e Bárbara Vieira. 

Para ter acesso ao artigo completo gratuitamente: CLIQUE AQUI


Autoria: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade
Fonte das imagens: Pixabay e Guarnieri, Silva e Vieira (2020). 

Logística reversa de cosméticos e produtos de beleza: os consumidores se importam?

O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de cosméticos e produtos de beleza, estando atrás apenas dos Estados Unidos, Japão e China (ABIHPEC, 2017). Com o aumento do consumo, aumenta também a geração dos resíduos, o que requer da sociedade e empresas práticas de descarte sustentáveis. Com a sanção da Lei 12.305/2010 a logística reversa de embalagens em empresas de diversos segmentos no Brasil passa a ser obrigatória. Indo além do atendimento à legislação empresas passam a utilizar a logística reversa na obtenção de vantagens econômicas, captação e manutenção de clientes, principalmente considerando que nos últimos anos o aumento da consciência ecológica dos consumidores foi evidenciado por pesquisas nacionais e internacionais.
Dois estudos realizados no âmbito do Grupo de Pesquisas e Estudos Avançados em Logística e Supply Chain Management da Universidade de Brasília - GEALOGS/UnB identificaram  as atividades desenvolvidas pelas empresas nas áreas de logística reversa e fidelização no âmbito da indústria de beleza brasileira. Um dos objetivos dos estudos foi também verificar a preferência dos consumidores por empresas que realizam a logística reversa de embalagens pós-consumo de forma a proporcionar vantagens aos consumidores que as retornem às lojas. 
Com base em 504 respostas, os  participantes das pesquisas foram separados em dois grupos: os consumidores que possuem responsabilidade ambiental (consumidores verdes), que totalizaram 370 e os consumidores sem responsabilidade ambiental, que foram 134.
Constatou-se que 83,24% dos consumidores verdes deixariam de comprar de outras empresas para comprar de empresas com políticas de logística reversa, enquanto 55,23% dos consumidores sem responsabilidade ambiental fariam o mesmo. Esses resultados mostram que os consumidores pesquisados percebem um alto valor não só nos benefícios oferecidos pela troca de embalagens da política proposta, como também nas consequências advindas de uma escolha por uma empresa com responsabilidade ambiental ao se preocupar com a logística reversa de suas embalagens (DE SOUZA e BENEVIDES, 2005; DE OLIVEIRA, TOLEDO e IKEDA, 2004; MENEZES, 2005).
Já 84,32% dos consumidores verdes e 47,76% dos consumidores sem responsabilidade ambiental comprariam mais vezes de uma empresa se ela reciclasse as suas embalagens, reafirmando o aumento da demanda por produtos ecológicos, já que os clientes julgam a reciclagem como fator preponderante em seus comportamentos de compra (MOTTA, 2007; DE SOUZA e BENEVIDES, 2005). 
A análise dos dados obtidos também apresentou que 93,25% dos consumidores verdes e 88,8% dos consumidores sem responsabilidade ambiental comprariam mais vezes de uma empresa se ela oferecesse benefícios para isso. 
Quando foi perguntado se os respondentes comprariam mais de uma empresa se ganhassem algo por retornar uma embalagem de algum produto deles que não utilizam mais, 93,25% dos consumidores verdes e 79,85% dos consumidores sem responsabilidade ambiental concordaram, demonstrando uma alta aceitação política de benefícios atrelada à logística reversa de embalagens. Os respondentes reconhecem um alto valor na política proposta pois 63,52% dos consumidores verdes e 53,73% dos consumidores sem responsabilidade ambiental responderam que os benefícios oferecidos por uma empresa pelo retorno de embalagens influenciam os seus comportamentos de compra. 
As respostas obtidas foram reafirmadas quando 77,84% dos consumidores verdes e 71,64% dos consumidores sem responsabilidade ambiental responderam que não concordavam com a afirmação de que “não comprariam mais vezes de uma mesma empresa se ganhassem algo por retornar uma embalagem usada”. Inferiu-se que a política de benefícios pelo retorno de embalagens em empresas de cosméticos foi bem aceita pelos respondentes, já que 90,81% dos consumidores com responsabilidade ambiental e 78,36% dos consumidores sem responsabilidade ambiental falariam de uma empresa que dá benefícios pelo retorno de embalagens usadas para amigos e familiares. 
Foi constatado que 89,19% dos consumidores verdes e 77,61% dos consumidores sem responsabilidade ambiental iriam preferir comprar de uma empresa que disponibilizasse benefícios pelo retorno das embalagens usadas. Esses resultados expõem as preferências dos consumidores por uma empresa que dá benefícios pelo retorno de embalagens usadas. 
A alta preferência dos dois grupos de respondentes demonstra a aceitação de uma estratégia de fidelização atrelada à logística reversa pelos clientes, confirmando assim que os consumidores estudados reconhecem valor na estratégia de fidelização por meio da logística reversa. Assim, com base na opinião dos participantes da pesquisa, eles/elas preferem comprar de empresas que adotam políticas de logística reversa para retorno das embalagens de cosméticos e produtos de beleza. Um percentual relevante dos participantes concordaram que estariam dispostos a pagar mais por marcas que possuíssem políticas de logística reversa de seus produtos e embalagens. 

Compartilhamos os dois artigos para download gratuito com vocês!

ARTIGO 1 -PREFERÊNCIA DOS CONSUMIDORES POR EMPRESAS QUE IMPLEMENTAM PRÁTICAS DE LOGÍSTICA REVERSA COMO MEIO DE FIDELIZAÇÃO: ESTUDO NA ÍNDUSTRIA DE COSMÉTICOS BRASILEIRA
O objetivo da presente pesquisa foi o identificar a preferência de consumidores de cosméticos por empresas ambientalmente sustentáveis, que aplicam práticas de logística reversa visando a sua fidelização.


Artigo 2 - LOGÍSTICA REVERSA COMO ESTRATÉGIA DE FIDELIZAÇÃO NO SETOR DE PRODUTOS DE BELEZA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
O objetivo do artigo foi analisar o estado da arte relacionada à logística reversa e fidelização de consumidores de produtos de beleza
                                                                                                                                                                 

 Autoria: Patricia Guarnieri para o Blog Logística Reversa e Sustentabilidade. 
Fonte das imagens: Pixabay (atribuição não requerida).  

sábado, 22 de agosto de 2020

E como fica a logística reversa de carros usados?

 Por: Carlos Penna Brescianini | 17/08/2020, 08h43


Um projeto apresentado pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO) cria uma política nacional de reciclagem dos veículos usados (PL 4.121/2020). Para o senador, a quantidade de veículos que deixam de circular e são abandonados gera um grande prejuízo ao meio ambiente e à saúde da população. Para o autor da proposta, Confúcio Moura, a quantidade de veículos que deixam de circular e são abandonados gera um grande prejuízo ao meio ambiente e à saúde da população. 
Foto: José Cruz
Segunda -feira, 17 de maio de 2004

Fotos de desmanche de Carro 

Local: Ferro Velho 

OBS:
Solicitamos sua atenção para o cumprimento da Lei do Direito Autoral n.º   5988, de 14 de dezembro de 1973, Cap. IV, Parágrafo 1º do artigo 82º, que determina:
              Fonte imagem: José Cruz/Agência Brasil
Confúcio defende que os fabricantes e importadores de veículos novos sejam obrigados a fazer a logística reversa, tornando-se responsáveis também pelo encaminhamento à reciclagem dos resíduos automotivos e dos veículos sem condições de circulação. "Este projeto pretende assegurar o controle, a preservação e a melhoria das condições do meio ambiente, por meio do tratamento dos resíduos sólidos e carcaças abandonadas de veículos ao término de sua vida útil. Ao mesmo tempo gera benefícios econômicos sem ônus ao poder público, com fundamento no princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”, justifica o senador.
Ao contrário do que ocorre em países como Estados Unidos, Japão, Argentina e os membros da União Europeia, no Brasil não existe uma política de reciclagem de veículos e não há dados sobre o número de veículos desativados ou com registro baixado a cada ano. O estudo Brasil pós Covid-19, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), propõe a criação de uma indústria de reciclagem automotiva como forma de ajudar na recuperação da economia nacional após o impacto da pandemia. 
Nos EUA essa indústria já movimenta cerca de US$ 25 bilhões por ano e emprega cerca de 100 mil pessoas. Estima-se que o Brasil tenha potencial para atingir 30% desse valor, US$ 7,5 bilhões, aproximadamente R$ 40 bilhões, em um ou dois anos. Confúcio explica que no atual cenário, esses milhões de veículos sucateados representam um sério problema ambiental e de saúde pública. “As carcaças de carros fora de circulação se acumulam nas ruas, nos estacionamentos públicos, nas áreas rurais, em pátios de órgãos públicos, em desmanches clandestinos e até em rios, lagoas e baías. Ajuntam água de chuva, servem de criadouros para insetos transmissores de doenças e outros animais nocivos, contaminam o solo e os corpos d’água”, exemplifica. 
 O projeto altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2010) e o Programa de Apoio à Produção de Veículo Automotores (Rota 2030 - Lei 13.755, de 2018). A proposta está com prazo aberto para apresentação de emendas e aguarda a nomeação de relator. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) 

Principais barreiras na implementação da logística reversa de eletroeletrônicos no Brasil: Pesquisadoras da Universidade de Brasília abordam o tema

Por Bárbara Vieira 


Acabei de concluir meu Mestrado em Administração pela Universidade de Brasília. Em razão de ser imprescindível o trabalho em conjunto de diversos membros da cadeia produtiva, estudei quais eram os principais desafios (barreiras) encontrados na implementação da logística reversa de eletroeletrônicos (celular, computador, secador, televisão) sob três pontos de vista: do governo, das micro e pequenas empresas (MPEs) e dos consumidores.

Além disso, não podemos descartar no lixo comum nossos aparelhos eletrônicos depois que compramos um novo ou quando não os utilizamos mais. No Brasil, com o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, somos TODOS responsáveis pelos resíduos que utilizamos e/ou consumimos e, portanto, temos que descarta-los corretamente (doar, devolver para o fabricante, entregar em um ponto de coleta de entrega voluntária, etc.), pois esses equipamentos contêm substâncias que podem fazer mal para a saúde das pessoas e para o meio ambiente.

Com a minha orientadora, Dra. Patricia Guarnieri, e os pesquisadores colaboradores, Dra. Solange Alfinito e Dr. Lucio Câmara, aprimoramos a dissertação e escrevemos um artigo, cujo objetivo foi identificar as principais barreiras encontradas na implementação da logística reversa de eletroeletrônicos no Brasil e priorizá-las com a utilização do método de apoio à decisão multicritério (AMD), de acordo com as percepções de MPEs, dos consumidores de eletroeletrônicos usados (de segunda mão) e do governo.

Primeiramente, fizemos uma revisão sistemática da literatura para identificar as barreiras citadas nos artigos nacionais e estrangeiros que estudaram a logística reversa (LR) de eletroeletrônicos. Com essa revisão, preparamos um questionário para que cada grupo pesquisado (i.e., governo, micro e pequenas empresas e consumidores) avaliasse quanto cada barreira influenciava na LR – variando de 1 até 5; quanto mais próximo do 5, maior a influência. 

Como resultado encontramos que as barreiras categorizadas como financeiras não são as principais do ponto de vista do governo e dos consumidores. Todavia, o resultado para as MPEs demonstrou que as barreiras financeiras são importantes – o custo é um desafio –, e influenciam as barreiras de gestão e de infraestrutura. Ao analisar as barreiras relacionadas aos fatores externos, os três grupos indicaram que barreiras culturais, tais como educação ambiental, influenciam fortemente a implementação da LR.

A pesquisa sugere algumas soluções para superar as barreiras e, assim, possibilitar a implementação da LR. Além disso, traz um diagnóstico para os formuladores de políticas públicas de resíduos eletroeletrônicos, demonstrando quais são as dificuldades para implementar a LR no contexto de MPEs de eletrônicos.

Acesse o artigo completo CLIQUE AQUI 

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Conheca o Grupo de Estudos e Pesquisas Avançadas em Logística e Supply Chain Management, do qual as pesquisadoras fazem parte: CLIQUE AQUI
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